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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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‘Cotista’ e ‘pobre’: PUC e USP apuram racismo em jogos do curso de Direito

Estudantes da universidade privada são investigados por praticarem racismo e aporofobia contra alunos da instituição pública em evento de torneio jurídico

Por Isabella Alonso Panho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 18 nov 2024, 14h46
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  • A Pontifícia Universidade Católica (PUC) e a Universidade de São Paulo (USP) vão investigar alunos do curso de Direito que, no último final de semana, foram flagrados chamando outros estudantes de “cotistas” e “pobres” durante os Jogos Jurídicos, uma competição esportiva universitária que aconteceu em Americana, no interior do estado. Na nota divulgada na noite de domingo, 17, a PUC classificou o episódio como “racismo” e “aporofobia” (preconceito contra pessoas pobres).

    No último sábado, 16, viralizou nas redes sociais vídeos de alunos da PUC, misturados à torcida dos jogos, chamando alunos da USP de “cotistas” e “pobres”. Ao menos três estudantes teriam sido autores das ofensas, que podem ser enquadradas como racismo, cuja pena é de até três anos mais multa. A lei brasileira considera esse delito como um crime hediondo e imprescritível. Nas imagens, é possível ver que alunos gritam “ainda por cima é pobre” e “cotista filho da ****” enquanto fazem gestos obscenos e imitando dinheiro.

    https://twitter.com/leticiachagassp/status/1857878329367605332

    “A PUC-SP repudia com veemência toda e qualquer forma de violência, racismo e aporofobia, e lamenta profundamente o episódio ocorrido em 16/11, envolvendo um grupo de estudantes do curso de Direito da nossa Universidade nos Jogos Jurídicos de 2024. Manifestações discriminatórias são vedadas pelo Estatuto e pelo Regimento da Universidade, além de serem inadmissíveis e incompatíveis com os princípios e valores de nossa Instituição”, diz o comunicado.

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    A Faculdade de Direito da USP também emitiu uma nota sobre o episódio, prometendo “apurar rigorosamente” o caso. “Essas manifestações são absolutamente inadmissíveis e vão de encontro aos valores democráticos e humanistas, historicamente defendidos por nossas instituições”, diz o texto veiculado nas redes sociais.

    Investigação no MP

    A deputada federal Sâmia Bonfim, a vereadora Luana Alves e a co-deputada Leticia Chagas, do PSOL-SP, apresentaram uma representação ao Ministério Público de São Paulo pedindo a abertura de um inquérito para apurar o episódio. “O ato de ridicularizar os atletas universitários, utilizando referências às cotas e à pobreza, como se tais elementos fossem motivo de escárnio, tem como objetivo reforçar hierarquias raciais preexistentes. Por meio do humor, busca-se afirmar que, mesmo competindo em igualdade de condições, os atletas ainda pertencem a um grupo social e racial considerado inferior e, portanto, passível de ser tratado como objeto de desprezo e piada”, diz o pedido.

    Os estudantes que aparecem nas imagens ainda não foram identificados.

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