O total de mortes pelas fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul chegou a 85 nesta segunda-feira, 6, segundo boletim divulgado no início da noite pela Defesa Civil estadual. Desde a última terça-feira, 30, até o momento, 153.824 pessoas ficaram desalojadas, 339 estão feridas e outras 134, desaparecidas. A estimativa é de que 1,1 milhão de indivíduos foram afetados pela catástrofe.
Dos 385 municípios afetados pelos temporais, 38 registraram vítimas fatais na última semana. O cenário mais grave ocorre em Cruzeiro do Sul, com oito mortes confirmadas, seguido por Gramado, com sete. Caxias do Sul, Lajeado, Santa Maria e Veranópolis tiveram cinco óbitos cada um, enquanto Bento Gonçalves e Venâncio Aires relataram três mortes cada um.
Houve duas mortes confirmadas em cada uma das seguintes cidades: Boa Vista do Sul, Canela, Encantado, Forquetinha, Paverama, Porto Alegre, Roca Sales, Salvador do Sul, Santa Cruz do Sul, São Vendelino, Serafina Corrêa e Taquara. Já os seguintes municípios relataram, cada um, uma vítima fatal: Bom Princípio, Canoas, Capela de Santana, Capitão, Farroupilha, Itaara, Montenegro, Pântano Grande, Pinhal Grande, Putinga, São João do Polêsine, São Leopoldo, Segredo, Silveira Martins, Sinimbu, Três Coroas, Vale do Sol e Vera Cruz.
Previsão de chuvas e frio
Embora os temporais tenham dado uma trégua desde o último domingo, 5, a expectativa é que as tempestades voltem com força já na metade desta semana. De acordo com o portal Climatempo, a previsão é que volte a chover na próxima quarta-feira, 8, com possibilidade de precipitação a qualquer momento do dia.
Ainda segundo o Climatempo, a população do Rio Grande do Sul deve esperar também uma queda brusca de temperatura nos próximos dias. Em Porto Alegre, a previsão para a próxima quinta-feira, 9, é de mínima de 15 ºC e máxima de 20 ºC, variação considerável em relação ao dia anterior, quando os termômetros devem oscilar entre 20 ºC e 28 ºC.
Capital inundada
Desde a última sexta-feira, 3, o Centro Histórico de Porto Alegre está debaixo d’água em razão de falhas nas bombas que impediam a enxurrada do Lago Guaíba nas ruas. Já no domingo, o bairro de Sarandi, na Zona Norte da capital gaúcha, começou a ser evacuado após o transbordamento de um dique na região.
Na madrugada de domingo, o nível do Guaíba subiu para 5,3 metros e atingiu a marca histórica, antes de sofrer uma leve queda nas horas seguintes. Já no dia anterior, o volume do curso d’água havia superado o recorde de 4,76 metros, registrado durante as enchentes de 1941.
Por volta das 11h desta segunda-feira, o Guaíba encontrava-se no nível de 5,26 metros, segundo atualizações do Serviço Geológico do Brasil (SGB) e da Secretaria de Meio Ambiente (Sema) do Rio Grande do Sul.