A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, manter a multa de 20 mil reais contra Jair Bolsonaro por propaganda eleitoral irregular. A punição foi imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em setembro do ano passado, e os dois recursos movidos pelo ex-presidente e pelo PL foram negados na última segunda-feira, 28.
Em julho de 2022, Bolsonaro convocou uma reunião com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada para apresentar supostas falhas de segurança nas urnas eletrônicas. Além de considerar que o evento foi usado como campanha eleitoral antecipada, o TSE julgou que o ex-presidente se aproveitou da ocasião para atacar a integridade das eleições no Brasil.
Em março de 2023, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, já havia negado recursos da defesa do ex-presidente que alegavam ataques à sua liberdade de expressão. Na época, Moraes confirmou a multa de 20 mil reais, afirmando que Bolsonaro “extrapolou os limites da atuação como chefe de Estado” e que divulgou fatos “sabidamente inverídicos e descontextualizados” sobre a apuração dos votos.