Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana

José Casado

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Informação e análise
Continua após publicidade

O desafio para candidatos é maior que a eleição

O desenho do Brasil pós-pandemia será relevante para ampla maioria dos eleitores, com grande dificuldade para voltar a ter acesso ao mercado de trabalho

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 Maio 2021, 18h33 - Publicado em 21 Maio 2021, 09h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Partidos e seus pré-candidatos presidenciais estão diante de um desafio maior que a eleição de 2022: o desenho do Brasil pós-pandemia.

    O cenário indica dificuldades nunca antes imaginadas para que a ampla maioria dos eleitores tenha acesso ao mercado de trabalho. Se até a eleição houver vacina e menos contágio, essa deverá ser a principal condicionante do voto.

    Isso porque a pandemia não só destruiu empregos, empresas e capacidade produtiva nos centros urbanos. Ela acelerou a automação nas tarefas rotineiras nos setores de serviços e na indústria, na esteira das medidas individuais e coletivas de distanciamento social adotadas nos últimos 14 meses.

    A atual taxa de desemprego (14,4%), medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, só permite um vislumbre da dimensão da crise.

    O problema não é do índice oficial, mas da realidade do país com 212 milhões de habitantes e a economia combalida na pandemia, numa etapa de transição tecnológica.

    Continua após a publicidade

    A força de trabalho em idade ativa somava 176 milhões de pessoas no trimestre encerrado em fevereiro. Desse total, 100 milhões estavam no mercado de trabalho (cerca de 60% em serviços e o restante dividido entre a indústria e a agricultura).

    Outros 76 milhões compunham a chamada população inativa. Esse contingente aumentou em 10,5 milhões de pessoas no trimestre (dezembro de 2020 a fevereiro de 2021) em relação ao anterior (2019-2020).

    É o que indicam dados coletados pelo IBGE na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD Contínua), analisados pelo professor José Pastore, da Universidade de São Paulo, para o portal da Fundação Getulio Vargas.

    Continua após a publicidade

    Candidatos presidenciais e seus partidos tendem a enfrentar, no próximo ano, uma campanha marcada pela cobrança sobre políticas públicas de restauração do mercado de trabalho, sugerem as mais recentes pesquisas de opinião pública.

    São crescentes as dificuldades da maioria do eleitorado — com pouca ou nenhuma qualificação — para acesso ao mercado de trabalho na economia alquebrada e com a automação intensificada nas tarefas rotineiras durante a pandemia. Principalmente, no setor de serviços que é o maior empregador urbano.

    Trabalhadores vítimas da destruição de postos de trabalho, acelerada na crise pandêmica, constituem parcela expressiva do eleitorado. E eles devem enfrentar dois tipos de dificuldades relevantes no pós-pandemia.

    Continua após a publicidade

    Uma é o tempo de criação de novas vagas nas empresas, a partir da realocação de tarefas. Outra é a habilitação do candidato às novas ocupações em oferta.

    A mudança estrutural em curso no mercado de trabalho pode gerar novos empregos, mas vai requerer capacitação de pessoas. Isso pode “provocar um abalo temporário”, observou Pastore em conversa com a repórter Solange Monteiro, do portal Ibre-FGV.

    É o que deve condicionar o voto em 2022, mesmo com eventual retomada do crescimento — dependente de mais vacina, menos contágio e mortes.

    Vai ter candidato à presidência com saudades do tempo em que o Brasil parecia menos complexo.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.