Esta série apresenta os principais dados do estudo “Para desatar os nós da educação – Uma nova agenda” de maneira simples e clara. Para ter acesso ao estudo clique aqui.
No primeiro post da série, apresentamos dados sobre o vertiginoso crescimento da matrícula e comentamos a respeito de possíveis causas e efeitos disso.
Em 1950, o Brasil tinha aproximadamente 60 milhões de habitantes. Hoje temos quase 50 milhões de alunos em escolas. Países como a França, Alemanha, Inglaterra, Itália tinha populações próximas à nossa em 1950. E hoje suas populações não são muito distantes dos números de 1950. Nosso crescimento foi vertiginoso.
Em 1950, o Brasil era um país eminentemente rural. Hoje menos de 17% da população vive no campo – nos estados do Centro-Sul já atingimos níveis inferiores a 5%.
A figura 1 mostra o crescimento da matrícula desde 1936. No ensino fundamental, ela basicamente cresce com o crescimento da população. Cabe notar que o conceito de ensino fundamental passou de 4 para 8 anos no século passado, e para 9 anos no século XXI. No ensino médio, o crescimento é mais lento, mas dá um salto na década de 90.
Essa tendência de crescimento vertiginoso continua, como ilustrado na figura 2. Em pouco menos de 15 anos, matriculamos mais de 1,5 milhão de crianças em creches.
Crescimento rápido tem um preço. No Brasil, o preço foi a qualidade. O sistema educacional se expandiu de qualquer maneira, sem cuidados básicos com o planejamento da rede, da infraestrutura e, sobretudo, com a qualidade dos professores. Hoje vivemos um momento em que a população começa a diminuir. Ainda existem muitas pessoas que continuam falando em crescer e expandir. Este é um dos nós que precisam ser desatados.