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Augusto Nunes

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“Nos engana que a gente gosta” e outras cinco notas de Carlos Brickmann

Delcídio do Amaral, em entrevista explosiva, diz que Lula e Dilma sabiam o que ocorria nos bastidores. Importante: se for mentira, perde os benefícios e vai para a cadeia

Por Branca Nunes Atualizado em 4 jun 2024, 19h33 - Publicado em 16 nov 2016, 07h01
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  • Publicado na coluna de Carlos Brickmann

    Errar é humano, mas acreditar sempre é insano. Nos Estados Unidos, há cada vez mais gente séria dizendo que a torcida dos jornais e jornalistas por Hillary, associada à incredulidade sobre Trump, fez com que o público ficasse mal informado e se surpreendesse com a vitória republicana. “Como todos, erramos”, disse Tony Romando, da Topix Media, que produziu uma edição especial de Newsweek com Hillary na capa, Madam President” – e soltou a edição antes da hora, tendo de sair correndo para recolher milhares de revistas já entregues a assinantes e jornaleiros.

    Há outro exemplo americano clássico; em 1948, todos previam a vitória do republicano Thomas Dewey sobre o presidente Harry S. Truman. Truman ganhou; e, na foto de sua entrevista como presidente reeleito, exibiu o Chicago Daily Tribune com a manchete Dewey Derrota Truman.

    Acontece; como aconteceu em São Paulo, onde Fernando Henrique até posou para fotos sentado na cadeira de prefeito. A promessa era de que as fotos só sairiam após a apuração. Fernando Henrique acreditou. As fotos, claro, vazaram, e fizeram a delícia dos adversários (Jânio desinfetou a cadeira, na frente dos fotógrafos, “porque nádegas indevidas a usaram”). Houve — e não houve — a festa da vitória que não houve, no ótimo bufê Baiúca – o belo salão vazio, com impecáveis garçons e maitres esperando, com boa bebida e ótimos salgadinhos, os fernandohenriquistas que não mais viriam.

     

    Pois é, falaram tanto

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    À medida que as urnas eram apuradas e a vantagem de Jânio se mantinha, políticos e repórteres explicavam que aquelas urnas eram só de áreas janistas. Eram; e bastaram. Este colunista era editor-chefe da Folha da Tarde e só um ótimo repórter, João Russo, aliás tucano, interpretou bem o que acontecia: “Jânio está ganhando em todas as urnas. Perdemos”.

     

    Ninguém me ama

    E o consumidor de informação? Ou acompanha vários noticiosos ou fica preso à opinião de um – nem desonesto nem mal informado, mas que pode ser influenciado por suas próprias opiniões. Às vezes, nem assim o leitor, ouvinte, espectador escapa: certas certezas são tão certas que, se os fatos forem contrários, danem-se os fatos. Agora, Delcídio do Amaral, em entrevista explosiva ao repórter Cláudio Tognolli no Yahoo!, seguida de outra na Rádio Jovem Pan, diz que Lula e Dilma sabiam perfeitamente o que ocorria nos bastidores. Importante: Delcídio fez delação premiada. Caso se comprove alguma mentira, perde os benefícios e vai para a cadeia.

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    Mas voltemos a 2004, época em que Waldomiro Diniz foi flagrado tomando algum de alguém e, sabe-se hoje, levando ao início do processo do Mensalão. Sabe-se hoje? Em 2004, o Bloco do Pacotão, formado por jornalistas, desfilou em Brasília cantando: “Ô Waldomiro, ô Waldomiro/ me responda por favor/ se nesse rolo, o bicho pega/ nosso Lulinha paz e amor!/ ô Waldomiro, ô Waldomiro/ diga o bicho que deu/ se o Zé Dirceu/ se o Zé Dirceu/ se o Zé Dirceu também comeu?/ Ô Zé Dirceu/ que bicho deu?/ ô Zé Dirceu, eu quero o meu”.

     

    Tem mas não tem

    E a festa continua. Amanhã, quinta-feira, deve ser votado, na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, o relatório sobre a proposta de emenda constitucional que extingue o foro privilegiado. Mas, para votar a proposta, é preciso reunir um terço da bancada de senadores: 27 Excelências. E sabe como é, o feriadão, a visita às bases, tudo cansa. Talvez não haja número.

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    Não tem mas tem

    O que o Congresso quer mesmo aprovar, e logo, é um pacote de medidas contra a corrupção, baseado em propostas dos promotores da Lava Jato. No pacote, reluz o que tipifica a caixa 2 em campanhas eleitorais como crime – crime gravíssimo, hediondo, nefando, o nome mais forte possível. Qual o objetivo real? Alegar que, se o crime de caixa 2 foi tipificado agora, o que havia antes não era crime. É o truque de quem acha que será citado na delação da Odebrecht. Por isso o projeto anticorrupção tem de ser aprovado logo, para apagar a corrupção de até agora.

    E a corrupção de agora em diante? É o problema seguinte. O de hoje é sobreviver ao tsunami Odebrecht. Depois se discute como roubar no futuro.

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    Que coisa feia!

    Em relatório sobre o caso Bumlai – o pecuarista que se tornou bom amigo do presidente Lula – a Polícia Federal cita o ministro do Supremo Dias Toffoli, por ter o nome no caderno de endereços do investigado. É uma citação leve, lembrando que ter o nome no caderno de endereços de alguém não implica ligação. O juiz Sérgio Moro reagiu duramente, mandou retirar a citação a Toffoli, uma “afirmação leviana”.

    Mas agora quem é que não sabe que Bumlai tinha o telefone de Toffoli?

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