O ex-tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff em 2014, Edinho Silva, pediu “explicitamente” para que a Odebrecht realizasse pagamento por meio de caixa dois para cinco partidos políticos (Prós, PCdoB, PP, PDT e PRB), segundo revelou o ex-diretor de relações institucionais da empreiteira Alexandrino Alencar em delação premiada. O objetivo dessa operação, segundo o delator, era formar uma coligação para ampliar o tempo de propaganda eleitoral na TV. O colaborador ainda afirmou que ouviu de Edinho que a orientação para pagar 35 milhões de reais para as legendas partiu do comitê eleitoral do PT, composto pela ex-presidente Dilma Rousseff, pelo ex-ministro Aloizio Mercadante, pelo presidente do PT, Rui Falcão, pelo ex-ministro Giles Azevedo e pelo marqueteiro João Santana. “Ele [Marcelo Odebrecht] fez esse investimento, apostando num futuro e em contrapartidas juntos à presidente e a esse novo governo”, diz Alencar. “Fazia parte das projeções dele [Marcelo Odebrecht] de um investimento nesse ramo político numa contrapartida futura em projetos de infraestrutura, em projetos de petroquímica, projetos na área agroindustrial”, afirma o ex-executivo.