No próximo dia 17, Kairan Quazi se tornará o graduado mais jovem de toda a história da Universidade de Santa Clara, no estado americano da Califórnia. O brilhantismo do garoto chamou a atenção de todo o mundo, inclusive da SpaceX, empresa do bilionário Elon Musk, que já garantiu o talento para si.
A partir de julho, logo após sua formatura, Kairan se tornará o mais novo engenheiro de software da Starlink, divisão de internet por satélite da empresa de viagens espaciais. Segundo o jovem, essa será uma oportunidade de trabalhar em algo maior do que ele.
Essa não é, contudo, a primeira grande conquista do garoto. De acordo com uma rede local de televisão, a família descobriu bem cedo a inteligência avançada de Kairan. Aos 2 anos, quando a maioria das crianças ainda estava aprendendo as primeiras palavras, ele já formulava sentenças completas e, durante o ensino fundamental, o pediatra logo percebeu que ele não se adequaria ao ensino convencional.
Aos 9 anos ele entrou na universidade comunitária Las Positas, onde também trabalhou como tutor de outros alunos. Dois anos depois, foi transferido para a Universidade de Santa Clara, onde está prestes a se formar em engenharia e ciência da computação.
Logo que mudou de escola, Kairan teve a primeira oportunidade de entrar em um gigante de tecnologia, a Intel, onde foi estagiário no laboratório de inteligência artificial generativa.
Agora, o pequeno gênio e sua mãe planejam se mudar para Redmond, em Washington, para ficarem mais próximos à sede do novo emprego.
A idade, contudo, impõe alguns desafios. Na última terça-feira, 13, o jovem teve sua conta no LinkedIn suspensa por ainda não ter 16 anos. Ele era muito ativo na plataforma e reclamou em outras redes sociais. “Posso ser qualificado o suficiente para conseguir um dos empregos de engenharia mais cobiçados do mundo, mas não qualificado o suficiente para ter acesso a uma plataforma profissional de mídia social”, escreve Kairan.
O jovem se diz grato pelas primeiras oportunidades que teve e que, segundo ele, “mudaram tudo”. Ao Los Angeles Times ele ainda afirma que espera que toda a atenção que tem recebido mude os “vieses e equívocos” de líderes influentes e garanta que mais chances surjam para pessoas como ele.