Dias antes do início do maior evento de tecnologia do Brasil (a organização não divulgou a data exata do furto), dois quilômetros de cabos que levariam internet de fibra ótica até a Campus Party (CPBR) foram pegos por ladrões, na região do Pacaembu. O crime acarretou em problemas para o calendário da organização, já que uma das atrações da CPBR seria justamente sua internet ultraveloz, de 40 GB, que seria fornecida pela estrutura assaltada.
Em entrevista, um representante da Telebras, a empresa responsável pelo cabeamento, José Mendes, afirmou que o prejuízo financeiro não foi grande — algo em torno de 1 000 reais. Contudo, o maior problema foi a necessidade de mobilizar pessoal para refazer e entregar a rede, dentro do prazo. O furto, porém, não foi registrado em nenhuma delegacia de polícia.
O evento
Vários estandes e startups estarão presentes na CPBR, em busca de novas experiências tecnológicas e oportunidades de negócios. O que transforma a Campus Party em um grande mercado de empreendedorismo digital. A organização não revela os valores de investimentos no evento. Mas se sabe que o custo do encontro, como um todo, ultrapassa os 20 milhões de reais.
Parece muito dinheiro? Não tanto. Neste ano, os organizadores reclamaram que enfrentaram problemas financeiros e trabalharam com o orçamento limitado, priorizando, por exemplo, atrações nacionais. “É verdade que a crise afeta todo mundo. Não trouxemos algumas atrações gringas pois não tínhamos dinheiro para pagar o cachê”, comentou o fundador da Campus Party, Francesco Farruggia.
A feira começou hoje, com expectativa de 100 mil visitantes na área aberta ao público, e vai até domingo (5), no Anhembi, em São Paulo.