Meses depois de um grupo de hackers russos invadir os computadores de agências federais e de 100 empresas norte-americanas, um novo ataque reacende o debate sobre segurança cibernética nos Estados Unidos. Ao todo, 60 mil pessoas ao redor do mundo que usam o e-mail da Microsoft tiveram seus dados roubados por hackers apoiados pelo governo chinês, segundo a empresa de tecnologia. A ofensiva em larga escala chamou a atenção de autoridades que alertam para o alto número de vítimas em pouco tempo. Em nota, a Casa Branca disse estar trabalhando para avaliar e lidar com a investida. “Esta é uma ameaça ainda ativa. Pedimos às operadoras de rede que a levem muito a sério”, diz o trecho.
Para os especialistas, os invasores estão trabalhando de forma cada vez mais e rápida e, ao que tudo indica, usando recursos para automatizar os ataques em poucos dias. Eles afirmam que, tanto o incidente chinês, que teria sido promovido pelo grupo Hafnium, quanto o mais antigo evidenciam a fragilidade dos sistemas computacionais e a sofisticação de hackers patrocinados para identificar vulnerabilidades ou realizar espionagem.
Procurado, o Ministério das Relações Exteriores da China informou, através de um porta-voz, que o país “se opõe firmemente e combate ataques cibernéticos e roubos cibernéticos” e afirmou que culpar uma nação específica era uma “questão política altamente sensível”.
Segundo a Microsoft, os clientes que usam o sistema de e-mail baseado na nuvem não foram afetados.
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