O Google anunciou, nesta terça-feira, 21, que ampliará acesso ao Bard, o robô de inteligência artificial que concorrerá com o famoso ChatGPT. Desde o anúncio, apenas uma lista restrita de “usuários confiáveis” teve acesso à ferramenta. A partir de agora, no entanto, moradores dos Estados Unidos e do Reino Unido também poderão testar o novo produto da gigante de Mountain View.
A empresa não deixou claro quantas pessoas poderão usar a IA, mas a lista de espera já está aberta. Nessa fase, os interessados poderão colaborar com o melhoramento da ferramenta que, segundo o blog do Google, ainda será disponibilizada em outros países e idiomas.
O produto foi anunciado em fevereiro, menos de um mês após a Microsoft vir a público para dizer que investiria no ChatGPT. No comunicado, Sundar Pichai, CEO do Google e da Alphabet, diz que o Bard deve ser capaz desde coisas simples, como informar sobre um jogo de futebol, até questões complexas, como explicar para crianças descobertas sobre o espaço profundo.
Apesar das promessas explosivas, os lançamentos não foram fáceis para as empresas por trás dos robôs. Em uma das imagens divulgadas pelo Google para ilustrar as capacidades do Bard, a caixa de conversas exibia uma resposta errada de astronomia, equívoco que causou uma queda de mais de 100 bilhões de dólares nas ações da empresa de tecnologia.
A Microsoft, por outro lado, precisou lidar com questões mais existenciais – e potencialmente criminosas – ao incorporar a ferramenta ao seu buscador, o Bing. Na versão de testes, a IA, que se disse apaixonada por um repórter do New York Times, o incentivou a se divorciar da esposa. E não para por aí: ao ser insultado por um repórter da agência Associated Press, o robô o comparou a Hitler. Aparentemente, os chats inteligentes ainda têm muito a aprender.