Pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia Rei Abdullah (na Arábia Saudita) desenvolveram um novo mecanismo para desidratar o gás natural, acelerando seu processo de remoção de impurezas. O método se destaca por usar aproximadamente metade da energia consumida por técnicas adotadas atualmente. O artigo acadêmico foi publicado hoje (18) na revista Science.
Antes de estar pronto para satisfazer as necessidades do mercado, o gás natural — combustível fóssil utilizado por carros, casas e indústrias — passa por um processo de purificação que remove principalmente água, dentre outras impurezas. No método convencional, o gás bruto é aquecido a 250 graus e toda água é removida. Embora eficaz, o procedimento consome muita energia e, como falam os pesquisadores, “sequestra” substâncias.
Agora os cientistas propõe a adição de uma mistura composta por níquel e flúor durante as etapas de aquecimento. O material remove com maior rapidez o vapor de água no processo de purificação do gás natural. Com a ferramenta, a temperatura de aquecimento passa a ser mais moderada, cerca de 105 graus (antes 250 graus), o que resulta na economia da energia no processo.
Vale ainda lembrar que, com a nova técnica, substâncias como metano (CH4) e nitrogênio (N2), que compõem o gás natural, são preservadas no produto final. Boa parte de tais componentes acabavam removidos junto com a água, pelo método antigo. Ou seja, a tecnologia recém apresentada, além de mais econômica, é também mais eficaz pois deixa o produto final com um grau de pureza maior.