A Amazon informou hoje (23) que entrou com uma petição na Justiça para impedir que o Departamento de Defesa dos Estados Unidos e a Microsoft dessem continuidade a um acordo de computação em nuvem, estimado em 10 bilhões de dólares, até que um tribunal decida sobre um protesto da empresa em relação ao contrato.
O projeto, chamado de Infraestrutura de Defesa Corporativa Conjunta (JEDI, na sigla em inglês), faz parte de uma modernização digital mais ampla do Pentágono, com o objetivo de torná-lo ágil tecnologicamente, e é avaliado em 10 bilhões de dólares. A Microsoft foi escolhida em outubro de 2019 como a empresa que firmaria o contrato, como responsável pela implementação.
Em comunicado, a Amazon Web Services, divisão de computação em nuvem da marca, disse que “é prática comum manter o desempenho do contrato enquanto um protesto está pendente, e é importante que sejam revistos os inúmeros erros de avaliação e a interferência política flagrante que impactaram a decisão do prêmio”. O processo de aquisição foi adiado por reclamações legais e alegações de conflito de interesses.
Mais recentemente, a Amazon culpou o presidente dos EUA, Donald Trump, de fazer “pressão indevida “contra a empresa. Em resposta, o secretário de Defesa, Mark Esper, rejeitou a acusação e disse que o Pentágono fez sua escolha de maneira justa e livre, sem influência externa.
Em resumo, a desconfiança da Amazon cresce não devido a brigas comerciais, mas a conflitos entre o presidente Donald Trump e Jeff Bezos. O segundo, bilionário e homem mais rico do planeta (com 131 bilhões de dólares de fortuna), é não só fundador da varejista online, mas também proprietário do jornal The Washington Post, conhecido pelas críticas ao atual governo americano.
(Com Reuters)