Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

A importância do uso de robôs nos hospitais em tempos de coronavírus

Para evitar riscos de contaminação — e também para mitigar a solidão de quem precisa se isolar

Por André Lopes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 14h56 - Publicado em 17 abr 2020, 06h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A eclosão da Covid-19 pôs outra vez em evidência as particularidades que norteiam o ofício dos profissionais da saúde. O princípio de jamais abandonar um doente, a disposição irrefreável para ouvir os pacientes, a vigília constante e a luta pela vida são posturas cujas bases se encontram nos ensinamentos do próprio Hipócrates (460 a.C.-377 a.C.), o grego considerado pai da medicina — e que poderiam ser resumidas como “humanas”. Contudo, nas últimas décadas, o avanço da tecnologia tem aberto atalhos para que cuidados dessa natureza comecem a ser exercidos também por máquinas.

    Nada mais providencial. O surto do novo coronavírus está demonstrando quanto os recentes recursos médicos, sobretudo os que se baseiam na robótica, são ferramentas úteis para lidar com uma doença altamente contagiosa e que põe em risco a integridade de médicos, enfermeiros e outros profissionais que atuam no front dessa guerra que pode ainda durar muito.

    CORONAVIRUS-COVID-19-CHINA-2020-1-(19).jpg
    LINHA DE FRENTE - Máquina em rua da China: eficiência também na higienização (STR/AFP)

    Na Itália, um dos países mais afetados pela Covid-19, passa de uma centena o número de médicos e enfermeiros que morreram da doença. Por isso, os hospitais têm recorrido cada vez mais a auxiliares-robôs. O Circolo di Varese, situado na Lombardia, recebeu no fim de março seis desses “seres” de inteligência artificial, que estão acompanhando doze leitos de UTI. De forma semelhante, no Brasil, o Hospital das Clínicas da USP utilizou três máquinas que se dedicam à triagem de pacientes do grupo de risco. Por meio das câmeras dos robôs e de sensores especiais, esses dispositivos são capazes de checar batimentos e enviar relatórios sobre as condições do doente. Mais que isso, em alguns casos eles fazem perguntas ao paciente e interagem com ele, dando-lhe o conforto de uma boa companhia.

    Certos robôs têm a capacidade até de executar tarefas de modo mais eficiente que qualquer ser humano. Na limpeza dos leitos, hospitais americanos estão empregando modelos que usam luz ultravioleta para destruir 99% das bactérias e vírus, danificando seu material genético, para que não consigam se multiplicar. Na China, pequenos tanques-robôs percorrem bairros de Wuhan, higienizando com detergente áreas contaminadas. Longe das distopias futuristas, exemplos como esses revelam que a relação homem-máquina pode ser muito produtiva e promissora. Em uma palavra: “humana”.

    Publicado em VEJA de 22 de abril de 2020, edição nº 2683

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    1 Mês por 4,00

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.