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Vacinas contra a Covid-19 não provocam abortos espontâneos, diz estudo

Pesquisa não encontrou relação entre o imunizante e maior risco de perda precoce da gravidez, reforçando que a vacinação em gestantes é segura

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 28 out 2021, 18h35

As vacinas contra a Covid-19 não provocam abortos espontâneos. É o que atesta um estudo publicado recentemente no The New England Journal of Medicine. Segundo a pesquisa, não existe nenhuma relação entre o imunizante e maior risco de perda precoce da gravidez. “Essa conclusão reforça a segurança da vacinação em gestantes e o que a comunidade cientifica vem alertando há algum tempo: não há motivos para que mulheres grávidas deixem de se vacinar”, diz Rodrigo Rosa, ginecologista obstetra especialista em reprodução humana, diretor clínico da Clínica Mater Prime, em São Paulo, e Membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) e da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH).

Para chegar a essa conclusão, o levantamento incluiu dados retirados dos registros de saúde noruegueses de 13956 gestantes e 4521 mulheres que sofreram abortos espontâneos, sendo que, desses grupos, 5.5% e 5.1%, respectivamente, foram vacinadas contra Covid-19 com um dos imunizantes disponibilizados no país europeu: Pfizer, Moderna ou AstraZeneca. “Apesar das limitações do estudo, após compararem a quantidade de gestantes vacinadas que chegaram ao fim do primeiro trimestre de gestação com a quantidade de mulheres que sofreram com aborto espontâneo nesse período, os pesquisadores concluíram que a vacinação contra a doença não aumenta as chances de aborto espontâneo”, diz o médico.

Em casos de aborto espontâneo, o mais importante é buscar um médico especialista para identificar a real causa do problema e receber o tratamento adequado para garantir uma futura gravidez. “Na maior parte dos casos, a causa dos abortos espontâneos não tem relação com a saúde da gestante, mas sim devido a alterações cromossômicas do embrião que levam a sua rejeição pelo organismo. Isto acontece em 20% das gestações e se caracteriza pelo fim da gestação antes da 22ª semana devido a morte do feto”, explica Rosa. Existem alguns casos, porém, que podem ser ligados aos hábitos ou problemas no útero da mãe, bem como alterações hormonais, infecções e doenças autoimunes e da tireoide.

Quando os problemas são genéticos, uma das opções é a fertilização in vitro, na qual o material genético colhido da mulher (óvulo) e do homem (espermatozoides) são fecundados em laboratório e posteriormente o embrião é transferido para o útero, onde se implantará e desenvolverá a gestação. “Esse procedimento permite que os embriões sejam avaliados por meio de exames genéticos. Assim, apenas os embriões saudáveis e que não apresentam alterações cromossômicas são selecionados e implantados novamente no útero, o que reduz significativamente o risco de aborto”, detalha.

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De acordo com o especialista, a chance de gravidez é de 50 a 60%. No entanto, o índice de sucesso do procedimento pode variar de paciente para paciente, já que depende de fatores como idade, histórico de saúde e causa da infertilidade apresentada pelo casal. “Antes de optar pelo tratamento, informe-se com o médico sobre as possibilidades e as chances de sucesso do procedimento especificamente em seu caso”, finaliza o especialista.

 

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