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Vacina contra chikungunya é segura e gera resposta imune de 96%

Ensaio clínico de fase 3 mostrou ainda que imunidade é duradoura e as reações adversas são mínimas. No Brasil, já existe um estudo em andamento

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 15 mar 2022, 17h40
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  • Mosquito 'Aedes aegypti', transmissor da dengue, também passa o vírus chikungunya
    Mosquito 'Aedes aegypti', transmissor da dengue e da chikungunya (André Lucas Almeida/Futura Press/VEJA/VEJA)

    Um ensaio clínico de fase 3 da vacina contra a chikungunya (VLA1553) – doença infecciosa causada pelo vírus de mesmo nome que pode ser transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus (mesmos mosquitos que transmitem a dengue e a febre amarela, respectivamente) – desenvolvida em parceria entre o Instituto Butantan e a empresa de biotecnologia franco-austríaca Valneva, indicou resultados positivos, com resposta imune e manutenção da produção de anticorpos em 96,3% dos participantes em um período de seis meses.

    Realizada nos Estados Unidos, a pesquisa contou com 4.115 homens e mulheres acima de 18 anos. No início do estudo, a taxa de soroconversão da vacina foi de 98,9% para adultos e idosos acima de 65 anos. Após seis meses da aplicação do imunizante, sofreu pequena queda, sendo detectada em 96,3% dos voluntários. “Entregar pela primeira vez os resultados finais de fase 3 de uma vacina contra chikungunya significa que estamos um passo mais próximos de solucionar uma importante e crescente ameaça de saúde pública”, afirma Juan Carlos Jaramillo, chefe médico da Valneva.

    O indicador é representativo já que os Estados Unidos não são uma região endêmica de chikungunya. Ou seja, a presença de anticorpos neutralizantes se manteve alta após a vacinação em um ambiente no qual os voluntários não ficam em contato constante com o vírus – a tendência é que em locais onde a doença é endêmica, a produção de anticorpos seja ainda maior.

    O estudo também aponta que o imunizante é seguro. A avaliação de segurança foi feita com 3.082 voluntários e a maior parte das reações adversas foram leves a moderadas. Cerca de 50% dos participantes apresentaram reações sistêmicas como dor de cabeça, fadiga e dor no local da injeção, que se resolveram em poucos dias. Apenas 2% dos participantes reportaram efeitos mais severos, sendo febre o mais comum.

    A imunogenicidade e segurança da vacina já haviam sido atestadas em ensaios clínicos de fase 1 e 2 em 2018, feitos com 120 pessoas de 18 a 45 anos que nunca tiveram contato com o vírus chikungunya. Após 14 dias da dose única, houve 100% de soroconversão e os anticorpos foram mantidos após um ano, sem registro de reações adversas graves.

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    Ensaios clínicos do imunizante contra a chikungunya também estão sendo realizados no Brasil. O objetivo é avaliar a eficácia da vacina em uma região endêmica da doença. O estudo terá duração de 15 meses e será feito com 750 voluntários, todos adolescentes de 12 a 17 anos. “Os dados trazem uma confiança maior de que estamos no caminho certo e teremos uma vacina em breve”, diz Tiago Rocca, gerente de parcerias estratégicas e novos negócios do Instituto Butantan.

     

     

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