Um estudo da Universidade de Ottawa, no Canadá, publicado no The Journal of the American Medical Association (JAMA), mostrou que receber a vacina contra a Covid-19 durante a gravidez não leva a complicações na hora do parto.
“As descobertas trazem ainda mais garantias sobre a segurança das vacinas de mRNA para gestantes”, aponta Deshayne Fell, professora associada da Faculdade de Medicina da Universidade de Ottawa, cientista do CHEO Research Institute e principal autora da pesquisa, que analisou dados de quase 100.000 gestações, por meio de BORN Ontario (registro de nascimento provincial de Ontário), diretamente vinculado ao banco de dados de imunização contra a doença causada pelo SARS-CoV-2 no Canadá.
Segundo os dados, entre dezembro de 2020 e setembro de 2021, aproximadamente 23% (mais de 22.000 grávidas) receberam pelo menos uma dose de uma vacina contra a Covid-19 durante a gravidez. Neste período, a vacinação não foi associada ao aumento do risco de sangramento intenso após o parto, infecção no útero ou membrana e cesariana de emergência entre as mães vacinadas. Também não houve aumento da necessidade de internação dos bebês em unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN).
“Há evidências crescentes de estudos em todo o mundo mostrando que a vacinação contra a Covid-19 durante a gravidez não está associada a complicações na gravidez ou no parto. Mostram que as vacinas são eficazes para a prevenção da doença em gestantes e em seus bebês nos primeiros meses de vida”, afirma Deshayne.
O levantamento é mais uma evidência de que a vacinação contra a Covid-19 é recomendada para grávidas por apresentarem maior risco de complicações pela doença, incluindo hospitalização, internação em UTI e óbito. A infecção pelo SARS-CoV-2 durante a gravidez também tem sido associada a riscos aumentados aos partos prematuros.
Abaixo, os números da vacinação no Brasil: