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Vacina brasileira contra a Covid-19 é aplicada pela primeira vez no país

Em estudo clínico, a RNA MCTI CIMATEC HDT será aplicada em 90 voluntários com idades entre 18 e 55 anos

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 jan 2022, 20h40 - Publicado em 13 jan 2022, 20h31
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  • SAO PAULO, BRAZIL - MAY 20: A health worker applies a swab after administering a dose of the COVID-19 vaccine to a person at a vaccination post inside the Republica subway station on May 20, 2021 in Sao Paulo, Brazil. Vaccinations for eligible people are available in a number of public transportation stations in the city. Health experts are warning that Brazil should brace for a new surge of COVID-19 amid a slow vaccine rollout and relaxed restrictions. The state of Sao Paulo has registered over 3 million cases of COVID-19 and more than 100,000 deaths. Over 440,000 people have been killed in Brazil by COVID-19, second only to the U.S. (Photo by Mario Tama/Getty Images)
    Paciente é vacinada contra a Covid-19 (Reprodução/Getty Images)

    A vacina brasileira contra a Covid-19, RNA MCTI CIMATEC HDT, foi aplicada pela primeira vez nesta quinta-feira, 13. Trata-se da fase 1 do estudo clínico do imunizante nacional que escolherá, de forma randomizada, a dose mais segura e que estimula uma resposta de anticorpos contra o coronavírus, aplicado em 90 voluntários com idades entre 18 e 55 anos. “Vamos medir a resposta imunológica específica e avaliar a imunidade celular dos participantes”, disse o médico infectologista Roberto Badaró, responsável pela pesquisa e pelo desenvolvimento da vacina, em cerimônia na sede do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), em Salvador, na Bahia.

    A vacina RNA MCTI CIMATEC HDT é composta de duas partes, misturadas antes da aplicação: uma molécula de replicon de RNA (repRNA) e uma emulsão, chamada Lion, feita com água, um tipo especial de óleo e moléculas magnéticas, que ajuda a proteger a molécula do repRNA e faz o transporte até as células alvo. Dentro delas, o repRNA é reconhecido como RNA mensageiro pelos ribossomos – estruturas que produzem as proteínas, com as instruções trazidas pelo RNA e que fabricam o replicon, gerando várias cópias de si mesmo. Assim, as proteínas do coronavírus são quebradas em pequenos fragmentos e identificadas pelo sistema imunológico como corpos estranhos, produzindo anticorpos. “Poderemos, em um sequenciamento e com a capacidade de sintetizar em uma única proteína as cinco variantes, ter uma vacina com as cinco variantes, no futuro. Portanto, podemos ter a vacina que rotineiramente será utilizada”, afirmou Badaró. De acordo com o infectologista, a vacina brasileira é de terceira geração e possui benefícios específicos como o uso de um número menor de componentes, podendo ser aplicada em doses mais baixas e sem a necessidade de várias imunizações seguidas.

    “É um dia histórico. Neste ano do bicentenário da independência do Brasil, damos partida na independência do Brasil na produção de vacinas. Estamos em um ponto de inflexão na história do Brasil”, declarou Marcos Pontes, ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações, ressaltando três tipos de vacinas: as importadas, as licenciadas e as nacionais, aquelas feitas por cientistas brasileiros. “É importante para o país ter soberania, autossuficiência e independência na produção de itens tão importantes para a vida dos brasileiros. Daqui para a frente, a gente pode dizer, de forma reduzida, que se o planeta não pode vender vacinas para o Brasil, o Brasil pode vender vacinas para o planeta”, acrescentou.

    O primeiro voluntário a receber a dose da vacina brasileira foi Wenderson Nascimento Souza, de 34 anos, pelas mãos de Marcelo Morales, secretário de Pesquisa e Formação Científica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (Sepef/MCTI).

    Segundo Badaró, espera-se que a primeira fase do estudo seja concluída em três meses para que a vacina esteja disponível em um ano. Na fase 2, serão 400 participantes para testar a eficácia do imunizante e na fase 3, a administração em larga escala. O desenvolvimento pré-clínico e clínico da vacina tem a participação do Brasil, Estados Unidos e Índia, por meio de uma parceria entre as empresas HDT BioCorp. (Estados Unidos), Senai Cimatec (Brasil) e Gennova Biopharmaceuticals (Índia). No Brasil, tem apoio da RedeVírus, com financiamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.

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    Abaixo, os números da vacinação no Brasil:

     

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