A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu, por unanimidade, retirar a obrigatoriedade do uso de máscaras em aeroportos e aviões como medida de proteção contra a Covid-19 nesta quarta-feira, 1º. A exigência foi implementada inicialmente entre 2020, quando o novo coronavírus se espalhou pelo mundo, e agosto do ano passado. Depois, em novembro, a proteção facial voltou a ser exigida por causa de uma onda de alta de casos da doença. A decisão será publicada no Diário Oficial da União (DOU).
Para a decisão, os diretores levaram em consideração dados epidemiológicos que apontaram aumento da cobertura vacinal ao redor do mundo, além da redução no número de registros da doença no setor aéreo.
“Em relação a casos de Covid-19 entre tripulantes, dados consolidados de 70% do mercado de transporte aéreo no país, informados pelas Associações do Setor Aéreo, demonstram que o valor contabilizado para janeiro de 2023 representa uma queda aproximada de 91% em relação ao pico de casos registrado em novembro de 2022”, afirmou, em seu voto, o relator Daniel Meirelles Fernandes.
As demais determinações para evitar a propagação do vírus em voos serão mantidas. Assim, o desembarque permanecerá por fileiras, bem como a exigência de limpeza das aeronaves. Caso seja detectado algum caso suspeito dentro do avião, como um passageiro com sintomas respiratórios, as empresas aéreas devem fornecer máscara.
Embora não seja mais obrigatório utilizar a proteção, a diretoria da agência recomendou que a população considere manter o uso da máscara, principalmente os mais vulneráveis, tendo em vista que a pandemia ainda não acabou.
Em seu voto, a diretora Meiruze Sousa Freitas explicou que a liberação pode ser revogada caso novos picos da doença voltem a ocorrer e destacou que a população precisa manter a vacinação em dia.
“Para mantermos o cenário de controle, reforço a importância da adesão à campanha de vacinação, iniciada no dia 27 de fevereiro, focada na população com maior risco de desenvolver as formas graves da Covid-19, como os idosos acima de 60 anos e as pessoas imunocomprometidas.”
Na última segunda-feira, 27, teve início a mobilização nacional com doses de reforço utilizando a vacina bivalente, que protege contra a cepa original do vírus e a variante de preocupação ômicron, em circulação atualmente.