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Surgem mais evidências do papel da vitamina D na Covid-19

Um novo estudo mostrou que 80% dos pacientes internados com a infecção causada pelo novo coronavírus apresentam deficiência do composto

Por Da Redação Atualizado em 24 fev 2021, 12h25 - Publicado em 27 out 2020, 16h38
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  • Cápsulas de Vitamina D
    Cápsulas de Vitamina D (iStock/Getty Images)

    O número de evidências que aponta uma associação entre baixos níveis de vitamina D e a Covid-19 não para de aumentar. Um dos estudos mais recentes sobre o assunto, publicado nesta terça-feira, 27, no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, concluiu que 80% dos pacientes com coronavírus em um hospital na Espanha apresentaram deficiência do hormônio. Embora mostre apenas uma associação e não uma relação de causa e consequência, os resultados sugerem que identificar se há deficiência de vitamina D em pacientes com Covid-19 pode ajudar a melhorar o prognóstico.

    Os resultados mostram que baixos níveis da vitamina D — que, apesar do nome, é um hormônio — foram mais frequentes em um grupo de 216 pacientes internados com a nova doença em um hospital na Espanha na comparação com 197 pessoas fora do hospital, sem registro da doença.

    Mais precisamente, a deficiência de vitamina D foi constatada entre 82,2% das pessoas hospitalizadas, contra 47,2% no grupo chamado “controle” — usado para comparação. Considerando apenas o universo de pessoas hospitalizadas, aquelas com baixos níveis de vitamina D mostraram um percentual maior de internação em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) do que pessoas com níveis satisfatórios de vitamina D (≥20 ng/ml): 26,6% versus 12,8%. O tempo no hospital também foi maior, de 12 dias contra 8 dias. Entretanto, em relação à mortalidade por Covid-19, a diferença não foi significativa — o que pode ter a ver com limitações nos dados ou métodos desta pesquisa em particular.

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    Os autores do estudo, membros da Universidade de Cantábria e do Hospital Marqués de Valdecilla, em Santander, Espanha, alertam que conseguiram demonstrar uma associação entre a presença da vitamina D e a Covid-19, mas não uma causalidade. Ou seja, não é possível fazer afirmações de que a deficiência de vitamina D leva ao adoecimento ou que o reforço de vitamina D possa proteger contra a doença.
    Uma ponderação nesse sentido apresentada pelo estudo é que níveis mais baixos de vitamina D já tendem a ser mais frequentemente encontrados em idosos e pessoas com doenças crônicas como hipertensão, diabetes e câncer — que por sua vez são também fatores de risco para a covid-19.

    No estudo, os hospitalizados com Covid-19 e com baixos níveis de vitamina D tinham justamente maior probabilidade de terem também doenças crônicas. “Portanto, os níveis de vitamina D devem ser interpretados com cautela, uma vez que a população sob risco de uma infecção pelo (vírus) Sars-CoV-2 grave é provavelmente a mesma sob risco de deficiência de vitamina D”, diz o artigo.

    Esta deficiência é considerada comum no Brasil e no mundo, por motivos ainda em estudo. A vitamina D já presente no nosso corpo é ativada na exposição a o sol, mas pode ser adquirida também através da alimentação. Há ainda a possibilidade de suplementação, mas associações médicas só recomendam isto para pessoas com condições específicas — idosos com mais de 60 anos; gestantes e lactantes; pessoas com osteoporose; pessoas com as chamadas doenças osteometabólicas, como raquitismo; entre outras.

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    Baixos níveis do hormônio já foram ligados a outras doenças virais, como influenza, HIV e hepatite C, por isso, esta associação está em pleno estudo no campo científico. Pesquisadores de todo o mundo também buscam entender o papel da vitamina D no sistema imunológico, já que receptores do hormônio são encontrados nas células de defesa.

    Para a equipe espanhola, os resultados do estudo publicado nesta terça-feira indicam que o reforço de vitamina D pode ser importante para grupos sob risco — como idosos vulneráveis a fraturas, osteroporose e perda muscular. Por outro lado, os autores destacam que os resultados do estudo se limitam a um hospital — o Marqués de Valdecilla —, não podendo ser generalizados para outros países, contextos e grupos étnicos.

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