Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Solidão afeta maioria das pessoas bissexuais e transexuais, diz pesquisa

Estudo mostra que taxas de solidão, estresse e depressão são mais altas nessas comunidades, destacando a urgência de intervenções de saúde pública

Por Ligia Moraes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 28 jun 2024, 15h56
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A solidão e a falta de apoio social são problemas significativos que afetam a saúde mental de diversas populações. No entanto, de acordo com um novo estudo dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, esses problemas são significativamente mais acentuados entre pessoas bissexuais e transexuais, comparadas às pessoas cisgênero e heterossexuais. 

    A pesquisa revelou que a prevalência de solidão entre adultos que se identificam como bissexuais é de 56,7%, e, entre pessoas transexuais, os números variam de 56,4% a 63,9%. Em comparação, a taxa de solidão entre adultos heterossexuais e cisgênero é de 30,3% e 32,1%, respectivamente. Esses dados destacam um problema alarmante de isolamento social entre as minorias sexuais e de gênero.

    Além disso, 36,5% das pessoas bissexuais e entre 34,4% e 44,8% das pessoas transexuais relataram não receber o apoio necessário. Esses números contrastam com os 22,8% da população heterossexual e 23,8% da população cisgênero que relatam a mesma falta de apoio.

    Impacto na saúde mental

    A falta de conexões sociais está associada a um aumento significativo nos níveis de estresse, angústia mental frequente e histórico de depressão. Segundo o CDC, adultos que se sentem solitários têm três vezes mais chances de sofrer de estresse e angústia mental e duas vezes e meia mais chances de sofrer de depressão do que aqueles que não se sentem solitários.

    Entre todos os entrevistados, o grupo com as maiores prevalências de solidão e falta de apoio social foi o dos jovens adultos (18 a 34 anos), pessoas com escolaridade menor do que o ensino médio concluído, indivíduos nunca casados e aqueles com renda familiar abaixo de 25,000 dólares.

    Continua após a publicidade

    Na contramão, as menores prevalências foram observadas em adultos brancos e que vivem em lares com dois adultos. A solidão foi significativamente mais comum entre mulheres, enquanto a falta de apoio social foi mais comum entre homens.

    Ansiedade na comunidade LGBTQIAP+

    A ansiedade também costuma ser bem recorrente nessas comunidades. De acordo com a Zenklub, plataforma especializada em terapia online, 16% das pessoas LGBTQIAP+ que buscavam terapia online sofrem desse transtorno. Outros temas frequentes de sessões, identificados pela healthtech que presta consultoria a empresas, são autoconhecimento (15%), relacionamento ou conflitos amorosos (8%), conflitos familiares (7%) e identidade de gênero (4%). Foram coletados dados anônimos em 12.697 sessões de janeiro de 2023 a maio de 2024. 

    De acordo com Karen Silva, psicóloga coordenadora da Conexa, empresa vinculada à Zenklub, a falta de aceitação social ou familiar e a pouca empatia contribuem para o desenvolvimento de ansiedade, depressão e outros sintomas. Além disso, questões como conflitos de imagem e dúvidas sobre a própria orientação de gênero e/ou sexual podem ser grandes fontes de angústia.

    Continua após a publicidade

    De acordo com a plataforma, desde o início de 2023 até maio de 2024, houve um crescimento de 92% na quantidade de terapias realizadas por pessoas da comunidade LGBTQIAP+, comparado a um aumento de 44% na base geral da plataforma.

    Tantos os dados do CDC quando os dados do Zenklub evidenciam a necessidade de aumentar o acesso a serviços de saúde mental  inclusivos e personalizados para as comunidades LGBTQIAP+. Além disso, uma vez identificada uma maior vulnerabilidade dessa população, melhorar a vigilância de saúde mental pode ajudar a identificar fatores de risco e orientar intervenções que abordem os impactos da solidão e da falta de apoio social. 

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.