Um estudo divulgado durante o encontro anual da Sociedade Norte-Americana de Menopausa (NAMS), que aconteceu entre os dias 22 e 25 de setembro, em Washington, nos Estados Unidos, relaciona o estilo de vida sedentário aos suores noturnos das mulheres que, a partir do período que antecede a menopausa, têm o sono interrompido e a qualidade de vida prejudicada. “Com uma proporção tão grande de mulheres afetadas, o trabalho nos ajuda a identificar os gatilhos para esse quadro. Os profissionais de saúde devem rever a rotina das pacientes quando discutirem as opções de tratamento para incluir mais exercício em seu dia a dia”, disse Stephanie Faubion, médica e diretora da instituição.
Segundo a entidade, aproximadamente, 80% das mulheres relatam sentir ondas de calor na pré-menopausa, perimenopausa (período de transição) e pós-menopausa. Após analisarem dados médicos de mulheres que descreveram os chamados fogachos provocados pela parada da menstruação, os cientistas também chegaram à conclusão de que quanto maiores e mais intensas forem as ondas de calor, maior o risco de doenças cardiovasculares.
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No levantamento, os especialistas pediram para que mais de 300 mulheres respondessem a um questionário sobre as sensações que sentiam diariamente, além de fornecer informações gerais sobre seu estado de saúde e hábitos. As voluntárias que mantinham um comportamento sedentário disseram sentir ondas de suor noturno com mais frequência do que aquelas que praticavam exercícios físicos. “O conhecimento sobre a influência do comportamento sedentário em relação a ondas de calor pode contribuir para que melhores recomendações de estilo de vida sejam feitas a todas as mulheres que passarão pela menopausa. Nossas evidências podem guiar os especialistas em seus atendimentos médicos”, avalia Sarah Witkowski, coautora do estudo e pesquisadora da Instituição de Ensino Smith College. “Os profissionais de saúde devem dar foco às atividades físicas e às rotinas do paciente como opções de tratamento.”