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Se governo fechar acordo, vacina da Pfizer pode chegar ao Brasil até março

De acordo com Carlos Murillo, CEO da Pfizer Brasil, farmacêutica espera obter o registro de sua vacina contra a Covid-19 na FDA em dezembro

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 fev 2021, 09h54 - Publicado em 12 nov 2020, 20h10

Se o governo brasileiro finalmente fechar um acordo com a Pfizer, a vacina contra Covid-19 poderá está disponível no Brasil até março, de acordo com Carlos Murillo, presidente da companhia no Brasil. “Ainda estamos trabalhando fortemente com o governo brasileiro para tentar acelerar a disponibilidade o mais rápido possível. Tenho esperança de que no primeiro trimestre do próximo ano poderíamos estar contando com essa vacina disponível no Brasil”, disse Murillo ao participar de um simpósio online promovido pela Academia Nacional de Medicina, segundo informações da Agência Brasil.

Como VEJA adiantou, após ignorar a proposta enviada pela Pfizer, o governo voltou à mesa recentemente para negociar a compra da vacina. A oferta inicial previa a chegada das primeiras doses da vacina ao país ainda este ano, como revelou Murillo à VEJA. Hoje, a previsão de entrega é apenas para o primeiro trimestre e, quanto mais demora na oficialização do acordo, o prazo pode ser postergado, já que pode haver acordo com outros países. Durante o evento, Murillo revelou que 50 milhões de doses estarão disponíveis já neste ano, e o total para o ano que vem chega a 1,3 bilhão de doses para todo o mundo.

Na segunda-feira, 9, a Pfizer anunciou que dados preliminares mostram que sua vacina contra o novo coronavírus tem 90% de eficácia. É a primeira vacina a se mostrar capaz de prevenir a doença, com um resultado muito acima do esperado. A farmacêutica espera obter o registro de sua vacina na FDA, agência que regula medicamentos nos EUA, em dezembro, o que permitiria iniciar a vacinação nos Estados Unidos ainda neste ano.

Segundo Murillo, a partir da conclusão dos testes de fase 3, que deve acontecer ainda este mês, todos os documentos serão encaminhados para a Anvisa. A empresa ainda negocia com o governo brasileiro a possibilidade de fornecer a vacina ao Sistema Único de Saúde (SUS). Diferentemente das vacinas da Sinovac e da AstraZeneca/Oxford, o acordo não deve prever transferência de tecnologia em um primeiro momento. Mas não descarta essa possibilidade no futuro.

Murillo não revelou quanto a vacina custará para o Brasil, mas explicou que há três faixas de preço oferecidas ao mercado global: uma para os países desenvolvidos, uma para os países de renda média, como o Brasil, e uma para os países mais pobres. Estima-se que nos Estados Unidos a dose custe cerca de 20 dólares, o equivalente a aproximadamente 100 reais. Vale ressaltar que a imunização completa exige a aplicação de duas doses.

Com Agência Brasil

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