Na semana passada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um comunicado chamando a atenção para a EG.5, popularmente chamada de Éris, uma nova subvariante da ômicron, cepa do SARS-COV-2, vírus que provoca a Covid-19. Embora ainda não tenha chegado ao Brasil e, segundo a entidade internacional, não represente uma ameaça à saúde pública em nível global, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) reforçou as recomendações de proteção contra a Covid-19 nesta quinta-feira 9, prevendo a circulação no país.
De acordo com a SBI, mesmo não apresentando mudanças de padrão de gravidade da doença, relacionado à hospitalização e óbito, a Éris possui mutações que conferem maior capacidade de transmissão e de escape imune, tornando-a capaz de aumentar o número de casos mundialmente e se tornar a cepa predominante, substituindo a XBB.1.16, atualmente predominante na maior parte dos países.
“Importante salientar que a EG.5 ainda não foi identificada no Brasil, porém é possível que possa já estar circulando no país de forma silenciosa, devido ao baixo índice de coleta e análise genômica no Brasil”, ressaltou a organização, por meio de nota.
Assim, a SBI recomenda que as autoridades de saúde adotem medidas para aumentar a coleta de testes diagnósticos e a vigilância genômica dos casos sintomáticos de Covid-19 e a população mantenha o calendário vacinal em dia, incluindo as doses de reforço e dando prioridade à vacina bivalente; o uso de máscaras para população de risco em locais fechados, com baixa ventilação e aglomeração; e a testagem dos casos de síndrome gripal para redução da transmissão em caso de Covid-19, com isolamento dos casos positivos.