Dois casos da nova variante ômicron XQ – mistura as sublinhagens BA.1.1 e BA.2 – foram confirmados na cidade de São Paulo, nesta quinta-feira, 5. Em nota a Secretaria estadual de Saúde afirmou que os casos foram encontrados por meio de um sequenciamento genético realizado no Instituto Butantan. “Um balanço da vigilância aponta mais de 10 mil casos da variante ômicron e suas sublinhagens”, disse o órgão.
A Secretaria disse ainda que mantém o monitoramento do cenário epidemiológico em todo o estado, bem como de todas as variantes do SARS-CoV-2. “A Vigilância estadual, por meio do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), monitora, acompanha e auxilia nas investigações, em tempo real de todas as Variante de Preocupação (VOC = Variant Of Concern), tais como delta, alpha, beta, gamma e a ômicron”.
A nota também alerta para a população continuar seguindo as medidas protetivas, sem citar, porém, o uso de máscaras. “Medidas seguem cruciais para combater a pandemia do coronavírus: higienização das mãos (com água e sabão ou álcool em gel); distanciamento social; e a vacinação contra a Covid”, diz o comunicado. Nesta quinta-feira, no entanto, foi divulgado um estudo publicado na plataforma arXiv, do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) sediado no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (ICMC-USP), justamente reforçando a importância do uso de máscaras nas escolas.
O Brasil já havia registrado casos da subvariante XE, também estava sendo monitorada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em boletim epidemiológico, a OMS afirmou que o SARS-CoV-2 continua a evoluir e que pelo atual enorme nível de transmissibilidade em todo o mundo, é provável que outras cepas, incluindo recombinantes, continuem a surgir. Segundo o órgão internacional, a recombinação é normal entre os coronavírus e mutações são esperadas.