Um estudo feito a pedido da Pfizer, divulgado nesta quarta-feira 8, aponta que para cada R$ 1 investido em vacinas durante a pandemia da Covid-19, gerou-se um impacto positivo de R$ 9 no PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. Ou seja, mostra que a vacinação foi o melhor investimento em saúde durante a crise sanitária no país.
O levantamento, intitulado “O impacto socioeconômico das vacinas durante a pandemia de Covid-19”considerou dimensões econômicas, sociais e sanitárias do país entre os meses de janeiro de 2020 até março de 2022. Também avalia que a vacinação em massa no Brasil evitou, ao menos, 500 mortes por dia só nos primeiros quatro meses, a partir de fevereiro de 2021. “A divulgação desse estudo nos mostra, mais uma vez, a importância dos imunizantes como meio para proteção da saúde”, afirma Adriana Ribeiro, diretora Médica da Pfizer Brasil.
O levantamento foi realizado por meio de um exercício econométrico para avaliar a relação causal do avanço da cobertura vacinal brasileira sobre a melhora de variáveis de interesse como mobilidade e letalidade. “Os resultados da investigação evidenciam como a vacinação promoveu a retomada das atividades, incluindo a geração de trabalho e renda”, diz Gesner Oliveira, professor da Fundação Getúlio Vargas e sócio da GO Associados, consultoria que conduziu o estudo.
Entre as conclusões, se destacou a relação custo-benefício da luta contra a doença. Do total de R$ 784,9 bilhões de recursos previstos entre 2020 e 2022 direcionados ao combate da pandemia, R$ 67 bilhões foram destinados à aquisição de vacinas e de insumos para prevenção e controle da doença. As vacinas representaram 8,55% do total.
O estudo ainda traz o impacto da desigualdade da vacinação no país, em termos regionais e faixa etária, além da importância das campanhas de incentivo, do cumprimento do calendário e do esquema vacinal (doses de reforço) e o combate às fake news. “A baixa cobertura vacinal que registramos atualmente nos coloca diante de um cenário preocupante. Precisamos mudar isso, antes que tenhamos o registro elevado de casos como de meningite, sarampo e até mesmo de poliomielite que ameaça retornar ao país, entre outras doenças que podem provocar condições graves, com sequelas irreversíveis”, afirma Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
Mesmo assim, a estudo aponta como positiva a cobertura vacinal no país, que apresenta índices maiores que alguns países desenvolvidos. Atualmente, quase 80% da população brasileira está imunizada com duas doses (ou dose única). Até 31 de março de 2022, as regiões Sul e Sudeste possuem, respectivamente, 78,16% e 82,67% de vacinados, e a região Norte apresenta 58,22%.
Abaixo os números da vacinação no Brasil: