O celular está muito presente no dia a dia, fazendo parte da nossa rotina mesmo em situações íntimas, como durante o uso do banheiro. Muitas pessoas não conseguem se desconectar do aparelho ou preferem aproveitar esse momento solitário para realizar outras atividades, como ler e-mails, verificar as redes sociais ou responder a mensagens no WhatsApp. Apesar de ajudar na otimização do tempo, esse hábito não é nada saudável, indica uma pesquisa publicado na revista MetroUK.
Segundo os pesquisadores, pessoas que usam dispositivos eletrônicos, especialmente smartphones, podem estar se expondo ao risco de contaminação por bactérias como salmonela, Escherichia coli e Clostridium difficile, que podem interferir no funcionamento gastrointestinal e causar diversos problemas de saúde.
O risco existe porque a maioria das pessoas toca no aparelho antes de lavar as mãos após de usar o vaso sanitário. O mesmo vale para quem toca na maçaneta de banheiros públicos ao entrar e/ou sair e depois pega o celular.
Previna-se
Para quem não consegue imaginar ir ao toilete e deixar o celular do lado de fora, uma boa notícia: é possível continuar com o hábito e diminuir o risco de contrair esses germes que representam uma ameaça à saúde. “Use o telefone com a mão direita e (ao terminar de usar o banheiro) transfira-o para a esquerda. Limpe-se com a mão direita e dê descarga com essa mesma mão. Você também pode carregar o telefone com a mão esquerda sem tocar em mais nada e depois lavar as mãos. O importante é estar ciente do que suas mãos estão tocando”, recomendou Lisa Ackerley, especialista em higiene, ao MetroUK.
Ela ainda comentou que não adianta nada lavar as mãos depois de utilizar o vaso sanitário se, antes de fazê-lo, você tocou no celular. A justificativa: todas as bactérias que foram transferidas para o telefone vão retornar para as mãos quando você tocá-lo. Já Ron Cutler, da Universidade Queen Mary, na Inglaterra, explicou que os níveis de contaminação variam de acordo com a localização do banheiro. No escritório ou em casa, o risco é menor do que em banheiros públicos, shoppings ou hospitais, uma vez que os vírus e bactérias que circulam nesses ambientes são diferentes e possivelmente mais perigosos.
Ainda assim, ele é favorável em manter o smartphone fora de qualquer banheiro. “Basicamente, você não deveria (levar seu telefone para o banheiro) se estiver preocupado com a transferência de vírus e contaminação fecal”, disse.
Higienização do celular
Se as recomendações dos especialistas não foram suficientes para convencê-lo a não utilizar dispositivos eletrônicos no banheiro, existe outra medida que pode diminuir o seu risco de contaminação: limpar o celular pelo menos duas vezes por dia. Para evitar danos, a orientação é nunca borrifar o produto de limpeza direto no aparelho. O ideal é colocar o desinfetante em um pano limpo ou em toalha de papel e depois passá-lo em todo o celular. A orientação dos fabricantes é que o telefone esteja desligado nesse momento.
Além disso, as capinhas de borracha, muito populares como ferramenta para proteger o celular contra quedas, acumulam ainda mais bactérias do que as partes de metal, vidro ou plástico. Por isso, também devem ser higienizadas — por dentro e por fora.