Segundo informações das autoridades de saúde da Rússia, nesta terça-feira 19, o país bateu novamente o recorde nacional de mortes causadas pela Covid-19, ao registrar 1.015 óbitos nas últimas 24 horas. Novos casos, foram 33.740. Com o aumento diário da quantidade de óbitos, a Rússia ultrapassou a marca de 1000 mortos pela primeira vez no último final de semana, e a crise sanitária piorou ainda mais a situação do sistema de saúde do país.
Desde o começo da pandemia, mais de oito milhões de pessoas foram contaminadas pela doença no país, com um número total de mortos de 225.325. Essa alta nos índices é explicada pela ausência de medidas sanitárias mais rígidas, pela falta de monitoramento dos novos casos e surtos e, principalmente, pela estagnação da vacinação. “O Estado sabe de sua parcela de responsabilidade, mas nem tudo o que precisava ser realizado em termos de campanha de informação e a importância da vacinação foi feito. Ao mesmo tempo, cada cidadão precisa ser mais responsável”, declarou Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin.
Mesmo com as tentativas das autoridades russas para acelerar o ritmo da vacinação, como tornar obrigatória a imunização de trabalhadores de alguns setores importantes da economia do país, como hotelaria e varejo, por exemplo, em várias regiões da Rússia, apenas 32% dos quase 146 milhões de habitantes do país foram totalmente imunizados. Em Moscou, capital do país, as poucas restrições sanitárias e o descarte do governo por um bloqueio nacional pioraram a situação.
De acordo com a imprensa local, a Rússia pensa em introduzir novamente uma série de restrições para impedir a disseminação do novo coronavírus. “Difíceis, mas necessárias”, disse o primeiro-ministro, Mikhail Mishustin, sobre as possíveis novas medidas para conter o SARS-CoV 2 na nação que atravessa um momento bastante grave da pandemia.