Reino Unido registra 12 mortes causadas pela ômicron

País contabiliza 104 pessoas internadas, sendo que 90% delas não foram vacinadas. Autoridades na Europa tomam medidas para conter o avanço da nova cepa

Por Simone Blanes SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 20 dez 2021, 10h26 - Publicado em 20 dez 2021, 10h15

Primeiro país a confirmar morte pela ômicron, variante do novo coronavírus, o Reino Unido chegou a doze óbitos provocados pela nova cepa. O anúncio foi feito nesta segunda-feira, 20, pelo vice-primeiro-ministro britânico Dominic Raab, que disse ainda que 104 pessoas estão atualmente hospitalizadas após serem infectadas pela nova cepa no país.

Na semana passada, autoridades britânicas chegaram a alertar sobre uma possível sobrecarga nos hospitais por causa da variante. Segundo o secretário de Saúde da Inglaterra, Sajid Javid, a variante já é responsável por 60% dos casos na Inglaterra. Em Londres, o índice é de 80%. Javid afirmou também que 10% da população elegível à imunização contra a Covid-19 ¬– mais de 5 milhões de pessoas – ainda não se vacinou. Ressalte-se que 90% dos pacientes internados não foram vacinados.

Também nesta segunda, o governo de Israel informou que que vai proibir viagens para dez países, incluindo os Estados Unidos e Canadá, em decorrência da veloz proliferação global da ômicron.

Vários países europeus têm anunciado novas medidas conter o avanço do vírus. No domingo 19, a Holanda decretou um lockdown de três semanas. Em Paris, a festa de Réveillon foi cancelada e o prefeito de Londres, Sadiq Khan, disse que novas medidas de contenção serão inevitáveis.

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A ômicron foi detectada pela primeira vez na África do Sul e notificada à Organização Mundial da Saúde (OMS) em novembro. Em menos de um mês, a nova cepa altamente transmissível se propagou de forma muito rápida, estando presente em quase 90 países, segundo o órgão ligado à ONU (Organização das Nações Unidas).