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Quem é o paciente que passou mais tempo com Covid-19 no mundo

Indivíduo com níveis detectáveis ​​do coronavírus por mais de 16 meses, ou 505 dias, no total, morreu em 2021, em um hospital do Reino Unido

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 jul 2022, 17h42 - Publicado em 26 abr 2022, 16h05

Médicos do Reino Unido relataram ter documentado a infecção por Covid-19 mais longa já registrada: um paciente com níveis detectáveis ​​do SARS-CoV-2 por mais de 16 meses, ou 505 dias, no total, que tinha outras condições médicas subjacentes e morreu no hospital em 2021. “Infecções persistentes como essa ainda são raras”, afirmaram os médicos da King’s College London e do Guy’s and St Thomas’ NHS Foundation Trust, em Londres. “A maioria das pessoas elimina o vírus naturalmente, mas o paciente em questão tinha um sistema imunológico severamente enfraquecido.”

Segundo os especialistas, o paciente pegou Covid-19 pela primeira vez no início de 2020. Ele apresentava sintomas e a infecção foi confirmada com um teste de PCR. Nas 72 semanas seguintes, o indivíduo, que não foi identificado, entrou e saiu do hospital muitas vezes, tanto para realizar exames de rotina quanto para receber cuidados médicos. “Infecções crônicas como essas precisam ser estudadas para melhorar nossa compreensão da Covid-19 e dos riscos que ela pode representar”, disseram os especialistas.

De acordo com os médicos, o caso dele era diferente da chamada Covid longa, quando os sintomas persistem após a infecção ter desaparecido, porque ele testou positivo em cerca de 50 testes, mesmo após tratamentos com antivirais, o que significa que ainda tinha a Covid-19. “Análises detalhadas de laboratório revelaram que era a mesma infecção persistente, em vez de ataques repetidos”, disse Luke Blagdon Snell, um dos médicos britânicos que apresentarão os resultados deste caso no Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas. “Estes foram testes de zaragatoa da garganta que positivaram a cada vez. O paciente nunca teve um teste negativo. E podemos dizer que foi uma infecção contínua porque a assinatura genética dela – a informação que obtivemos do sequenciamento do genoma viral – foi único e constante naquele paciente”, completou Snell.

Embora isso não tenha acontecido neste caso, ou em outros que eles estudaram, infecções prolongadas são raras, mas importantes, porque podem dar origem a novas variantes do SARS-CoV-2. “Quando as pessoas estão infectadas por um longo tempo, o vírus ainda está se adaptando ao hospedeiro humano e isso pode ser uma oportunidade para acumular novas mutações”, explica, enfatizando que, mesmo assim, nenhum dos nove pacientes examinados havia gerado uma nova variante perigosa.

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David Strain, da Faculdade de Medicina da Universidade Exeter, exemplifica: “Sabemos que toda vez que o vírus se replica, ele deve reproduzir seu RNA. É como copiar um texto manualmente. Mesmo com erros, cada cópia produzirá mutações”, exemplifica. “Embora a ômicron não tenha surgido particularmente nesses indivíduos, demonstra um caminho muito claro pelo qual podem surgir variantes resistentes à vacina. Considerando que tivermos sorte com a BA.2, associada a uma doença menos grave, não há garantia que a próxima iteração será da mesma forma”, finalizou Strain.

 

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