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Quarta dose da vacina impulsiona pouca proteção contra a ômicron

Estudo israelense sugere que aumento pequeno de anticorpos entre a terceira e a quarta doses se deve à alta eficácia do esquema vacinal com três injecões

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 24 fev 2022, 20h16
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  • Doses da vacina contra a Covid-19 produzida pela Pfizer e BioNTech distribuídas pelo Brasil - 03/05/2021 -
    Doses da vacina contra a Covid-19 produzida pela Pfizer e BioNTech (Myke Sena/ MS/Divulgação)

    Uma quarta dose da vacina contra a Covid-19 restaura os anticorpos aos níveis observados após a terceira injeção, mas fornece apenas um pequeno aumento na proteção contra a infecção, mostra um estudo feito em Israel, publicado, sem revisão por pares, no medRxiv, no dia 15 de fevereiro. “O estudo sugere que as atuais vacinas de mRNA mensageiro atingem um ‘teto de imunidade’ após a terceira dose”, diz Miles Davenport, imunologista computacional da Universidade de New South Wales, em Sydney, na Austrália.

    “A terceira dose é muito, muito importante”, afirma Gili Regev-Yochay, médica, pesquisadora de doenças infecciosas do Sheba Medical Center em Ramat Gan e coautora do estudo. “Mas os jovens e saudáveis, que não têm fatores de risco, provavelmente não se beneficiarão muito com uma quarta dose, em especial frente à ômicron”, completa. Ainda assim, ela e outros médicos defendem que a quarta dose pode ser benéfica para pessoas com maior perigo de desenvolvimento de doença grave. Vários países, incluindo Israel, Chile e Suécia, já oferecem quartas doses para idosos e outros grupos de risco.

    O estudo analisou 274 profissionais de saúde, em um ensaio clínico, no qual receberam a quarta dose de uma vacina de mRNA, pelo menos quatro meses após a terceira. Alguns receberam a vacina da Pfizer; outros receberam o imunizante da Moderna. Independentemente da vacina, no entanto, a quarta dose elevou os níveis de anticorpos ‘neutralizantes’ dos participantes, mas não superaram os observados logo após a terceira dose , sugerindo que as vacinas atingiram seu maior limite. “Você não pode continuar aumentando as respostas de anticorpos para sempre”, diz Davenport.

    Os pesquisadores também avaliaram os anticorpos neutralizantes de 25 participantes para as variantes do SARS-CoV-2 e descobriram que, após a terceira dose, poderiam bloquear a ômicron, mas não com tanta força como bloquevam a variante delta. De acordo com a pesquisa, quatro doses da vacina da Pfizer foi 30% mais eficaz contra a infecção do que três doses; enquanto o imunizante da Moderna teve uma eficácia extra de 11%.

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    Até o final de janeiro, 52 participantes que receberam a quarta dose e 73 imunizados com a terceira injeção testaram positivo para a Covid-19. A maioria de ambos os grupos teve sintomas leves e nenhum desenvolveu quadro grave. “O aumento relativamente pequeno na eficácia entre as terceiras e quartas doses provavelmente se deve ao fato de a proteção oferecida por três injeções já ser bastante alta”, afirma Davenport.

    Ran Balicer, médico de saúde pública do Clalit Health Institute, em Tel Aviv, observou, no entanto, que as estimativas de eficácia do estudo são baseadas em uma amostra pequena. “Essa proteção adicional pode fazer uma grande diferença para grupos de risco durante um surto”, diz. O levantamento aponta também para a “necessidade de novas vacinas que possam prevenir a infecção contra variantes emergentes”. As descobertas destacam ainda a importância do número de doses e o tempo em que são aplicadas as vacinas já existentes. “Não acho que receber mais doses será a solução para a ômicron ou variantes futuras”, afirma Gagandeep Kang, virologista do Christian Medical College em Vellore, na Índia.

    Abaixo, os números da vacinação no Brasil:

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