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Qual o tratamento simples que pode evitar recidiva de câncer de pele?

Estudo mostra que terapia a laser pode ajudar a prevenir o câncer de pele não melanoma, tipo maligno mais comum no Brasil

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 17 fev 2023, 12h30
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  • Melanoma: doença é tipo menos comum, porém mais grave de câncer de pele
    PREVENÇÃO: Uso de protetor solar e exames de autoexames na pele são fundamentais (Peter Dazeley/Getty Images/VEJA/VEJA)

    O câncer de pele não melanoma corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no Brasil. Esse tipo de câncer tem altos percentuais de cura, mas também tem grande chance de recidiva. É o que mostra uma nova pesquisa, publicada no periódico Dermatologic Surgery. Segundo o estudo, tratamentos simples com laser na pele podem ajudar a prevenir o desenvolvimento de carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular, dois tipos de câncer de pele não melanoma comuns, conhecidos como carcinoma de queratinócitos.

    “Os lasers fracionados não ablativos foram usados no estudo. Eles fornecem calor de maneira fracionada, deixando totalmente intacta a pele após o tratamento, ao contrário dos lasers ablativos que removem a camada superior da pele”, diz a dermatologista Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. “Os lasers fracionados não ablativos são usados para tratar cicatrizes, pele fotoenvelhecida, manchas da idade, mas esse estudo mostrou sua importância também para o câncer de pele.”

    O trabalho foi conduzido por uma equipe de pesquisadores do Massachusetts General Hospital, nos Estados Unidos. Uma equipe de pesquisadores estudou pacientes que haviam sido tratados com sucesso para carcinoma de queratinócitos faciais no passado, com um risco de 35% de desenvolver o câncer subsequente em 3 anos e um risco de 50% em 5 anos.

    No estudo, 43 pacientes receberam terapia com laser fracionado não ablativo e 52 faziam parte de um grupo de controle que não recebeu a terapia a laser. “A taxa de desenvolvimento subsequente de carcinoma de queratinócitos faciais durante um acompanhamento médio de mais de 6 anos foi de 20,9% em pacientes tratados com laser fracionado não ablativo e 40,4% em controles, indicando que os pacientes tratados com o laser tiveram cerca de metade do risco”, explica a médica.

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    Ao controlar por idade, sexo e tipo de pele, os pacientes de controle tiveram 2,65 vezes mais chances de desenvolver um novo carcinoma de queratinócito facial do que os pacientes tratados com laser fracionado não ablativo. As descobertas sugerem que o tratamento com laser pode ter um papel importante na proteção contra carcinomas de queratinócitos subsequentes. Embora o mecanismo do efeito protetor do laser não esteja completamente claro.

    “Suspeita-se que esse tratamento reduza a carga geral de queratinócitos fotodanificados e possa promover uma resposta de cicatrização de feridas, o que dá às células saudáveis da pele uma vantagem seletiva, afirma Paola.

    No entanto, estudos adicionais são necessários para avaliar de forma mais crítica o papel do laser fracionado não ablativo na prevenção do câncer de pele, para revelar a duração de seus efeitos protetores e para determinar os parâmetros de tratamento ideais. De qualquer forma, a médica alerta que as pessoas devem tomar precauções adequadas para reduzir o risco de câncer de pele: “Use protetor solar diariamente, use chapéus e roupas de proteção ao sol e realize autoexames de pele”, recomenda.

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