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Por que dormir faz emagrecer?

Estudo mostra que a falta de sono combinada ao livre acesso aos alimentos aumenta o acúmulo de gordura no abdômen

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 jul 2022, 18h34 - Publicado em 12 abr 2022, 12h06
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    Dormir bem está diretamente ligado ao bom funcionamento do metabolismo que faz perder peso (Reprodução/Getty Images)

    Um estudo publicado no Journal of The American College of Cardiology mostrou que a falta de sono suficiente combinada ao livre acesso aos alimentos aumenta o consumo de calorias e, consequentemente, o acúmulo de gordura, especialmente a não saudável dentro do abdômen. Ou seja, dormir bem é um dos fatores que faz emagrecer. “Alguns hábitos modernos de vida antes de dormir atrapalham a qualidade do sono e isso também prejudica a alimentação e o acúmulo de gordura”, diz Marcella Garcez, médica nutróloga e diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). “Muitos pacientes que enfrentam mudanças no ciclo circadiano (de sono e vigília) não conseguem seguir um plano alimentar, têm maior carga de estresse e um maior risco a desenvolver impulsos alimentares”.

    Segundo a pesquisa, a falta de sono levou a um aumento de 9% na área total de gordura abdominal e um aumento de 11% de gordura na área visceral abdominal em comparação com o sono de controle. “A orientação da National Sleep Fundation (Fundação Nacional do Sono) dos Estados Unidos e da Organização Mundial da Saúde (OMS) é algo entre 7h e 9h para a população adulta entre 18 e 64 anos. Mas esse sono precisa ser de qualidade”, explica a médica. “Sabemos que a gordura visceral é um tipo de gordura que fica localizada na cavidade abdominal, próximo a alguns órgãos vitais, e seu excesso está relacionado com maior risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como infarto e aterosclerose, além de problemas metabólicos”, acrescenta.

    O neurologista Gabriel Batistella, neuro-oncologista do HCor, membro da Society for Neuro-Oncology Latin America (SNOLA), concorda: “O sono é claramente um dos aspectos mais importantes na nossa vida, afetando qualquer organismo. Uma carga inesperada de estresse e ansiedade pode também alterar nossos hábitos de sono, o que pode prejudicar nosso ciclo circadiano e nossa capacidade de recuperação diária”.

    Trabalho por turnos, manter o cérebro em alerta por estímulo de dispositivos inteligentes e redes sociais usados durante os horários de sono são alguns dos motivos da falta de sono reparador, horários que as pessoas também tendem a comer mais.

    As descobertas do estudo mostram ainda que o sono encurtado, mesmo em indivíduos jovens, saudáveis e relativamente magros, está associado a um aumento na ingestão de calorias, aumento de peso, que mesmo pequeno, é significativo no acúmulo de gordura. “E isso é um sinal de alerta perigoso, pois mesmo pacientes magros podem acumular esse tipo de gordura que é prejudicial”, enfatiza Marcella. “A longo prazo, esses achados podem implicar no sono inadequado como um contribuinte para as epidemias de obesidade, doenças cardiovasculares e metabólicas”.

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