A Pfizer anunciou nesta quarta-feira 14, que iniciou os testes de estágio final nos Estados Unidos de uma vacina contra a gripe envolvendo 25.000 pacientes. Trata-se de um dos primeiros estudos desse tipo para uma vacina de RNA mensageiro para combater o vírus Influenza. O imunizante compartilha da mesma tecnologia usada em sua vacina contra a Covid-19, desenvolvida em parceria com a empresa de biotecnologia BioNTech.
No mundo, estima-se que haja um bilhão de casos de gripe, dos quais de três a cinco milhões são graves, resultando em 290 mil a 650 mil mortes de doenças respiratórias relacionadas à influenza por ano. As cepas usadas nas vacinas, porém, precisam ser trocadas anualmente antes da temporada de gripe, pois os vírus circulantes continuam em constante mutação.
A tecnologia de RNA mensageiro permite alterar as cepas da vacina de forma relativamente mais rápida. A Pfizer espera que essa flexibilidade e uma fabricação ágil possam melhorar potencialmente as correspondências de cepas nos próximos anos.
Atualmente, as vacinas contra a gripe utilizadas no Brasil, como a Fluarix Tetra, da GlaxoSmithKline, ou a Flucelvax Tetra, da CSL Behring, são inativadas, nas quais os vírus são cultivados e depois mortos usando certos produtos químicos, um processo que leva meses.
Os dados iniciais da vacina contra a gripe da Moderna no ano passado decepcionaram os investidores depois que mostraram que o imunizante baseado em mRNA da empresa não era melhor do que as vacinas já aprovadas no mercado. A Moderna, no entanto, também iniciou um teste de estágio final de sua vacina contra a gripe, em junho deste ano.
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