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Pênis pequeno pode interferir na fertilidade, revela estudo

Estudos mostram outras causas do problema

Por Da Redação
Atualizado em 8 out 2018, 19h34 - Publicado em 8 out 2018, 16h02
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  • Homens com pênis menores estão mais propensos a terem problemas de fertilidade, revela novo estudo apresentado na conferência da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM, na sigla em inglês), que está acontecendo esta semana nos Estados Unidos. Os pesquisadores descobriram que indivíduos menos férteis tendem a ter o órgão cerca de um centímetro menor durante ereção se comparados aos que não apresentam qualquer problema.

    Apesar disso, Austen Slade, principal autor da pesquisa, afirmou que homens saudáveis ​​não devem começar a se preocupar demais com a relação entre o tamanho e a fertilidade já que outras condições subjacentes, como problemas hormonais, interferem tanto na fertilidade quanto no tamanho do órgão sexual. “É possivelmente uma manifestação de fatores genéticos ou congênitos que predispõem à infertilidade”, disse ao The Telegraph. Esta é a primeira pesquisa a identificar uma associação entre menor comprimento peniano e infertilidade masculina. 

    O estudo

    A equipe analisou dados de 815 homens que visitaram uma clínica de saúde masculina entre 2014 e 2017; entre estes, 219 procuraram ajuda para tratar a infertilidade e 596 para outras condições, como disfunção erétil e dor testicular. Os participantes foram medidos através de um teste padrão chamado de “comprimento do pênis esticado”, que estima o tamanho do órgão sexual masculino quando ereto. Os testes ainda levaram em consideração peso, raça e a idade dos voluntários.

    Os resultados mostraram que o grupo sem problemas reprodutivos apresentou comprimento médio de 13,4cm enquanto o grupo infértil teve uma média de 12,5cm. “Um centímetro pode não ser uma diferença marcante, mas houve uma significância estatística clara. Ainda é preciso determinar se existem diferentes limites de comprimento do pênis que preveem infertilidade mais grave”, explicou Slade ao Daily Mail

    Outras pesquisas

    Estudos anteriores já haviam relacionado problemas nos genitais masculinos com a fertilidade. A criptorquidia — condição na qual os testículos não descem para o saco de pele antes do nascimento — enfraquece a produção de espermatozoides. Isso acontece porque os testículos estão localizados muito perto do corpo, aumentando a temperatura do esperma. Segundo especialistas, o calor pode interferir na qualidade e na produção. Menos espermatozoides foram encontrados no caso de homens com testículos pequenos.

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    Outras pesquisas também mostraram que a distância anogenital (distância média entre o ânus e a genitália) pode determinar a qualidade do esperma. Homens com distância anogenital (AGD, na sigla em inglês) abaixo da média (52 milímetros) estão sete vezes mais propensos a apresentarem problemas de fertilidade. “Se alguém tem um curto AGD e tem problemas para conceber, eu diria que é preciso procurar um médico porque isso pode indicar que algo está errado”, alertou Shanna Swan durante entrevista à Reuters em 2011. 

    Além disso, pesquisadores descobriram que mulheres gestantes expostas a maior quantidade de ftalatos — substâncias químicas usadas em produtos de consumo diário, como cosméticos, embalagens de alimentos e materiais de limpeza doméstica — têm maior probabilidade de ter um filho com medidas reduzidas de AGD. 

    relatório do ano passado mostrou que os níveis de fertilidade dos homens ocidentais vêm caindo nos últimos 40 anos. Apesar da queda significativa, os cientistas ainda não conseguem explicar exatamente porque isso acontece.

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    Críticas

    Embora as descobertas sejam importantes, Sheena Lewis, especialista em reprodução da Queen’s University, no Canadá, acredita que os homens podem ficar ainda mais preocupados com o tamanho do órgão sexual, especialmente quando esse fato pode indicar menor chance de se tornar pai. Ela ainda destaca que o estudo não determinou qual é o “comprimento normal do pênis”, nem informa se o tamanho menor mostrado na pesquisa é anormal. “Essa é uma ideia muito nova e, por isso, mais pesquisas são necessárias”, disse ao The Telegraph.

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