Participação da CoronaVac na campanha de vacinação cai 28,7%
No início de março, 83% das doses disponíveis no país eram da vacina do Butantan, hoje ela representa 59,1% das vacinas aplicadas
A CoronaVac, vacina desenvolvida pela Sinovac e produzida pelo Instituto Butantan, foi o primeiro imunizante a ser utilizado na campanha de imunização em massa contra a Covid-19. No dia 18 de janeiro, logo após a aprovação do uso emergencial pela Anvisa, a enfermeira Mônica Calazans, recebeu a primeira dose da CoronaVac em São Paulo. Até o dia 23 de janeiro, o imunizante foi o único utilizado no país.
Passados quatro meses e meio, a vacina continua na liderança das aplicações, mas sua participação na campanha de vacinação diminuiu ao longo do tempo. Na sexta-feira, 3, 59,1% das doses utilizadas no país são da CoronaVac, uma redução de 28,5% em comparação com março, quando a cada 100 doses entregues ao Ministério da Saúde, 83 eram CoronaVac. No início de maio, a participação da CoronaVac nas doses administradas era de 74,1%.
As outras vacinas em uso no país, a de Oxford-AstraZeneca e a da Pfizer BioNTech, correspondem a 38,1% e 2,8% das vacinas aplicadas, respectivamente. Se a previsão do Ministério da Saúde se confirmar, a predominância do imunizante do Butantan deve acabar em breve. Para o mês de junho, 22 milhões de doses da vacina de Oxford-AstraZeneca e 12,8 milhões da vacina da Pfizer são aguardadas para distribuição, enquanto o Instituto Butantan, de acordo com os dados do Ministério da Saúde, deve contribuir com 5 milhões de doses.
Isso significa que até o fim de junho, o Brasil terá recebido 143,3 milhões de doses, sendo 74,8 milhões de doses de Oxford-AstraZeneca (o que corresponde a 52,1%), considerando as entregas da Fiocruz, Covax Facility e Instituto Serum; 52,2 milhões de doses da CoronaVac (36,4% do total de doses entregues) e 16,3 milhões de doses da Pfizer (11,3%), considerando as entregas da própria farmacêutica e do Covax Facility.
Confira o avanço da vacinação no Brasil: