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Ozempic ‘turbinado’ é alvo de estudo para obesidade; saiba o que aconteceu

Dose três vezes maior de semaglutida que a oferecida pelo medicamento Wegovy se mostrou mais potente; voluntários perderam, em média, 20,7% do peso

Por Diogo Sponchiato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 31 jan 2025, 08h16

O que acontece se administrarmos uma dose três vezes maior de Wegovy, medicamento à base de semaglutida para obesidade – ou mais de seis vezes maior de Ozempic, a versão utilizada para o tratamento do diabetes -, a pessoas acima do peso? Um estudo realizado pela farmacêutica Novo Nordisk testou essa formulação turbinada e divulgou os resultados.

A pesquisa, na última etapa da fase clínica, avaliou a segurança e a eficácia de injeções de 7,2 mg de semaglutida em comparação com o remédio já aprovado (o Wegovy, com 2,4 mg de semaglutida) e o placebo (injeções sem o princípio ativo em si), todos aplicados uma vez por semana. Ao todo, 1 407 pessoas com obesidade participaram da investigação conduzida pelo laboratório dinamarquês durante cerca de 16 meses – e elas foram orientadas a também fazer mudanças no estilo de vida. 

O principal resultado do estudo, batizado de STEP UP, foi que a dose tripla do análogo de GLP-1 (a classe da semaglutida) apresentou resultados superiores aos da dose padrão, liberada e comercializada no Brasil. Os pacientes que usaram canetas de 7,2 mg perderam, em média, 20,7% do peso corporal. Quem tomou o Wegovy reduziu, em média, 17,5% do peso. E o emagrecimento com o placebo não passou de 2,4% do peso inicial.

Fora isso, os cientistas chamaram a atenção para o fato de que 33% dos voluntários tratados com a dosagem máxima atingiram perda de peso igual ou superior a 25%. Portanto, a nova formulação mostrou-se, de fato, mais potente.

A farmacêutica ainda não divulgou se a dose tripla de semaglutida gera mais efeitos colaterais. Espera-se que essas e outras informações sejam compartilhadas em um congresso médico ainda neste ano.

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O endocrinologista Carlos Eduardo Barra Couri destacou, em coluna para VEJA SAÚDE, que a dose de 7,2 mg é experimental e não está aprovada para uso clínico. Dessa forma, tentar triplicar a administração por conta própria é contraindicado e pode oferecer riscos.

No final de 2024, outro estudo, financiado pela farmacêutica americana Eli Lilly, comparou a ação da sua medicação para obesidade Mounjaro (tirzepatida) com o Wegovy, e o primeiro alcançou resultados superiores.

Tais pesquisas são capítulos de uma nova era no tratamento medicamentoso da obesidade, problema de saúde pública que afeta ao menos 1 bilhão de pessoas no planeta e para o qual foram propostas recentemente novas definições, bem como critérios de diagnóstico.

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