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Os novos dilemas da China contra a Covid-19

País registra recorde de casos da doença desde o início da pandemia. Lockdown, falta de comida e separação de bebês dos pais geram polêmica

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 6 abr 2022, 15h09 - Publicado em 6 abr 2022, 11h02
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  • A transit officer, wearing a protective gear, controls access to a bridge in the direction of Pudong district in lockdown as a measure against the Covid-19 coronavirus, in Shanghai on March 29, 2022. (Photo by Hector RETAMAL / AFP)
    Lockdown em Xangai: corrida ao supermercado e problemas na economia (Hector Retamal/AFP)

    Mais de 20 mil novos casos de Covid-19 foram registrados na China nesta quarta-feira, 6. Um recorde desde o começo da pandemia, em março de 2020, com a maioria das contaminações em Xangai. Segundo a Comissão Nacional da Saúde do país, foram 20.472 infecções em 24 horas, ultrapassando os números do primeiro surto, há dois anos, na cidade de Wuhan, berço da pandemia.

    A situação se difere de 2020, porém, porque a maioria dos casos registrados é de pacientes assintomáticos. O país também não teve nenhum óbito pela doença nesta quarta-feira. Na terça-feira 5, a capital econômica Xangai informou 16.766 novos casos assintomáticos. “Mais de 80% das novas infecções no país foram registradas em Xangai, a cidade mais populosa e de maior poder econômico da China”, anunciaram as autoridades de saúde.

    Desde a contenção do primeiro surto em Wuhan, a China segue uma estratégia de “Covid zero”, o que inclui lockdowns, testes em massa e restrições bastante rígidas para viagens internacionais, com diminuição de casos. Em março do ano passado, porém, as infecções voltaram a disparar até as últimas semanas pela alta transmissibilidade da variante ômicron.

    Com 25 milhões de habitantes, Xangai entrou em um lockdown na semana passada, com testes em larga escala e corrida aos supermercados, enquanto as unidades de saúde continuam recebendo novos casos, mesmo com os severos protocolos sanitários, que incluem a separação de bebês positivados para Covid-19 de seus pais, caso eles não tenham a doença. Uma medida bastante controversa, que após muitos protestos públicos gerou uma resposta do governo de Xangai, com a permissão para que pais infectados acompanhem seus filhos aos centros de isolamento da Covid-19. As reclamações sobre crianças separadas de pais não infectados, porém, continuam gerando polêmicas.

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    Outro problema é a demora de atendimento para tratamento médico dos infectados. De acordo com a agência de notícias Reuters, uma mulher idosa, positivada e com febre esperou por duas horas em uma rua de Xangai, até conseguir ajuda nesta terça-feira. “A situação epidêmica vai melhorar em breve se a China implementar estritamente suas medidas existentes contra a Covid-19”, disse Wu Zunyou, epidemiologista-chefe do Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças.

    A capital chinesa, Pequim, mantém firme sua estratégia para a erradicação da doença, com o envio de militares e 38 mil profissionais de saúde de outras províncias para ajudar no controle em Xangai. Nesta quarta-feira, Mi Feng, porta-voz da Comissão Nacional de Saúde, afirmou que “a China vai continuar a aderir a essa política sem hesitação”.

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