Internações de gestantes por SRAG aumentam mais de 200%
Considerando apenas os casos confirmados de SRAG por Covid-19, o crescimento é de 62% entre grávidas e puérperas em relação a 2021
As internaçoes de gestantes e puérperas por SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) aumentaram em 207% no início deste ano, comparado ao mês de novembro de 2021. Considerando apenas os casos confirmados de SRAG por Covid-19, o crescimento é de 62%.
Segundo dados do Observatório Obstétrico Brasileiro Covid-19 (OOBr), das grávidas e mães que estão passando pelo período pós-parto internadas por SRAG, 80,4% não estavam vacinadas contra a Covid-19 e apenas 4,3% tomaram as duas doses do imunizante. Ainda de acordo com o projeto, essa alta significativa de internações de gestantes e puérperas ocorreu durante o apagão da base de informações do Ministério da Saúde. Os índices também apontam para uma curva ascendente desses casos, situação semelhante a julho do ano passado.
Por meio de um levantamento com base em dados oficiais, o Observatório também apontou que mulheres grávidas que não se vacinaram contra a Covid-19 tem cinco vezes mais chances de morrer em decorrência da doença do que uma gestante imunizada. Levando-se em conta apenas casos graves, a letalidade do coronavírus entre gestantes e puérperas não vacinadas é de 14,6%; entre mulheres grávidas com apenas uma dose, cai para 9,3% e com esquema vacinal completo, 3,2%.