Órgão do Ministério da Saúde e da Agricultura, o Instituto Nacional de Meteorologia emitiu um alerta laranja nesta segunda-feira, 19, para chamar a atenção sobre uma condição climática que pode colocar em risco a saúde e o meio ambiente. A cor do aviso significa “perigo severo” para alteração persistente superior a 5°C, em comparação com a média histórica do período. É a duração da condição fora da normalidade que dá gravidades à situação.
De acordo com as previsões, as temperaturas máximas devem ultrapassar os 40°C em áreas do Centro-Oeste, Norte e parte do interior de São Paulo. O comunicado chama atenção para associação do calor e dos baixos índices de umidade do ar. Segundo a climatologista Josélia Pegorim, da Climatempo, na segunda-feira, 18, nenhuma capital atingiu os 40°C esperados para a semana. As temperaturas mais altas foram na cidade do Rio de Janeiro, que ficou com 38,3 °C, Palmas, 38°C, Teresina, 37,4 °C e Belém, 36°C. Mas até o fim dessa semana, a tendência e de elevação.
O alerta do Inmet ajuda a orientar as administrações públicos sobre os cuidados a serem tomados na intenção de minimizar os estragos, muitas vezes em regiões que já estão sensibilizadas pelo desequilíbrio do tempo. No Rio Grande do Sul, por exemplo, que já foi castigado pelo ciclone Extratropical, no início do mês, volta nesses dias a correr risco de chuvas intensas, devido a frente fria, que fica ali estacionada, bloqueada pela massa de ar quente e seco que tomou conta do resto do país. A unidade fica concentrada no estado gaúcho, enquanto os demais estados padecem com a seca.
A falta de umidade afeta principalmente o Mato Grosso, vítima da faltad e precipitações desde o início do ano. De 1º de janeiro a 16 de agosto, ali foram registrados 13.225 ocorrências de incêndios e queimadas, responsáveis pela destruição de 1,7 milhões de hectares no estado– área cinco vezes maior que o território da capital matogrossense –, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os principais focos de calor detectados este ano estava na região de vegetação amazônica (37%) e do Pantanal (32%). Uma condição que se agrava com as previsões para os próximos dias.