Um indiano, de 36 anos, fraturou o pênis depois que seu filho “pulou” sobre ele ao tentar acordá-lo. Na ocasião, o homem sofria de uma ereção prolongada causada pelo uso do viagra, nome comercial de um medicamento indicado para disfunção erétil. Apesar da fratura, ele só procurou ajuda médica depois de dois dias, pois alega não ter notado nenhum sintoma nas primeiras 12 horas após o incidente. O caso foi relatado na revista BMJ Case Reports.
O homem, de Uttar Pradesh, estado ao norte da Índia, revelou aos médicos que havia tomado 100 miligramas do medicamento na noite anterior à lesão. A ereção persistiu após o sexo, forçando-o a recorrer a masturbação para se livrar do priapismo. Sem alcançar o resultado esperado, ele decidiu dormir acreditando que a ereção cessaria durante a noite, o que não aconteceu. Pela manhã, enquanto ele dormia, seu filho, ainda criança, caiu sobre o pênis ereto, fraturando o órgão.
Relatos da equipe da King George’s Medical University, na Índia, indicam que o acidente causou a perda da ereção, além de dor súbita e intensa. Os médicos responsáveis pelo caso revelaram ter encontrado um rompimento no corpo cavernoso direito, estrutura peniana formada por tecido esponjoso que armazena o sangue durante uma ereção. A lesão foi reparada e o indiano conseguiu ter ereções normalmente seis semanas após o tratamento.
Segundo os médicos, ele não apresentou deformidade permanente, mas tem se queixado pelo fato de seu pênis ter ganhado a forma de ‘berinjela’ após a lesão.
Fratura peniana
Fraturas penianas ocorrem quando o órgão fica sujeito a um trauma que acontece, geralmente, durante relações sexuais intensas ou masturbações. Outras situações menos comuns, como quedas e pelo rolar na cama, também já foram relatados. De acordo com especialistas, em 50% dos casos é possível ouvir um som parecido com um estalo quando a fratura acontece. O tratamento é feito por meio de cirurgia, que podem deixar sequelas.
O incidente é relativamente raro; desde 1924, cerca de 1 600 casos foram registrados em todo o mundo, o equivalente a 16 casos por ano. Quando as fraturas ocorrem mais de uma vez, o paciente corre o risco de ter problemas de disfunção erétil e relações sexuais dolorosas.