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Idosos que pegaram Covid têm chance maior de desenvolver Alzheimer

Estudo americano aponta fator de risco maior de 50% a 80% em pessoas com 65 anos ou mais que foram infectadas pelo SARS-CoV-2 e suas variantes

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 set 2022, 19h28 - Publicado em 13 set 2022, 18h54

Um estudo da Universidade Case Western Reserve, em Ohio, nos Estados Unidos, apontou um risco maior de 50% a 80% para o desenvolvimento a doença de Alzheimer em um período de um ano, em idosos que pegaram Covid-19. Publicado no Journal of Alzheimer’s Disease, os pesquisadores relataram que pessoas com 65 anos ou mais infectadas pelo SARS-CoV-2 e suas variantes eram mais propensas a desenvolver a doença, com maior risco para mulheres com pelo menos 85 anos.

Os resultados da pesquisa mostraram que o risco de desenvolver a doença de Alzheimer em idosos quase dobrou (0,35% a 0,68%) durante um período de um ano após a infecção por Covid. Mas os pesquisadores dizem que não está claro se a infecção desencadeia um novo desenvolvimento da doença de Alzheimer ou acelera seu surgimento.

“Os fatores que contribuem para o desenvolvimento da doença de Alzheimer têm sido pouco compreendidos, mas peças consideradas importantes são infecções anteriores, especialmente virais e inflamação”, disse Pamela Davis, pesquisadora, professora da Escola de Medicina da Universidade Case Western Reserve e coautora do estudo. “Como a infecção por SARS-CoV2 foi associada a anormalidades do sistema nervoso central, incluindo inflamação, queríamos testar se, mesmo a curto prazo, a Covid poderia levar a diagnósticos aumentados”, completou.

A equipe de pesquisa analisou os registros eletrônicos anônimos de saúde de 6,2 milhões de adultos com 65 anos ou mais nos Estados Unidos, que receberam tratamento médico entre fevereiro de 2020 e maio de 2021 e não tinham diagnóstico prévio de doença de Alzheimer.

Essa população foi dividida em dois grupos: um composto por pessoas que contraíram a Covid-19 nesse período e outro, com indivíduos que não tinham casos documentados da infecção. Mais de 400.000 pessoas foram inscritas no grupo de estudo de Covid, enquanto 5,8 milhões estavam no grupo não infectado.

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“Se esse aumento de novos diagnósticos da doença de Alzheimer for mantido, a onda de pacientes com uma doença atualmente sem cura será substancial e poderá sobrecarregar ainda mais nossos recursos de cuidados a longo prazo”, comenta Pamela. “A doença de Alzheimer é séria e desafiadora, e pensamos que tínhamos mudado um pouco a maré reduzindo fatores de risco gerais, como hipertensão, doenças cardíacas, obesidade e estilo de vida sedentário. Agora, muitas pessoas nos EUA tiveram Covid e as consequências a longo prazo ainda estão surgindo. É importante continuar a monitorar o impacto desta doença em futuras incapacidades”.

Rong Xu, autor correspondente do estudo, professor de Informática Biomédica da Faculdade de Medicina e diretor do Centro de Inteligência Artificial em Descoberta de Medicamentos, disse que a equipe planeja continuar estudando os efeitos da Covid-19 na doença de Alzheimer e outros distúrbios neurodegenerativos – especialmente entre os que podem ser mais vulneráveis ​​– e o potencial de redirecionar medicamentos aprovados pela FDA (Food and Drugs Administration) para tratar os efeitos a longo prazo da Covid-19.

Abaixo, os números da vacinação no Brasil:

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