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Governo lança novo plano de combate a doenças propagadas por mosquitos

Investimento de R$ 1,5 bilhão visa diminuir a incidência de dengue, chikungunya, zika e oropouche, com foco na mobilização social e uso de novas tecnologias

Por Ligia Moraes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 18 set 2024, 16h58
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  • O governo federal lançou, nesta quarta-feira, 18, o Plano de Ação 2024/2025 para combater as arboviroses, como dengue, chikungunya, zika e oropouche, com a promessa de reduzir os casos dessas doenças no país. O investimento anunciado é de R$ 1,5 bilhão entre este e o próximo ano, com ações planejadas para os meses que antecedem o verão, quando a transmissão tende a aumentar devido às condições climáticas favoráveis ao mosquito Aedes aegypti.

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante o evento de lançamento no Palácio do Planalto, destacou a necessidade de antecipar as campanhas de combate. “Todo verão somos confrontados pelo aumento de casos de dengue e outras doenças. Desta vez, com o aquecimento global piorando as condições climáticas, decidimos começar a mobilização mais cedo”, afirmou.

    No entanto, o sucesso do plano dependerá de diversos fatores, entre eles a adesão da sociedade às medidas preventivas e o cumprimento das metas propostas pelo governo.

    Como o plano funcionará na prática?

    O Plano de Ação se organiza em seis eixos principais, que vão da prevenção à organização do atendimento nos serviços de saúde. A proposta abrange tanto medidas imediatas quanto ações de longo prazo, envolvendo todos os níveis de governo, desde as instâncias municipais até a federal.

    1. Prevenção: Uma das principais estratégias é a campanha “10 minutos contra a dengue”, que orienta a população a eliminar criadouros do mosquito em suas casas, como água parada em vasos de plantas e caixas d’água. Agentes de controle de endemias também serão acionados para trabalhar diretamente com as comunidades, em parceria com os agentes comunitários de saúde, para promover uma ação integrada de combate ao vetor.
    2. Vigilância: O governo ampliará o uso de tecnologias de monitoramento, como o InfoDengue, que faz a análise de dados em tempo real sobre a incidência das doenças. Também serão instaladas Estações Disseminadoras de Larvicida em áreas de maior risco. Essas armadilhas visam atrair as fêmeas do Aedes aegypti para que, ao entrarem em contato com a substância, contaminem outros criadouros.
    3. Controle vetorial: Entre as medidas de controle, destaca-se a ampliação do uso da bactéria Wolbachia, que impede a transmissão do vírus da pelo mosquito. Testes preliminares em cidades como Niterói (RJ) e Campo Grande (MS) mostraram resultados positivos na redução da transmissão, e o governo pretende expandir essa estratégia para outras regiões.
    4. Organização da rede de saúde: O plano prevê a reorganização dos serviços de saúde, com a atualização dos protocolos de atendimento e capacitação dos profissionais para o manejo clínico dos casos mais graves. A ideia é garantir que, caso ocorra um aumento significativo no número de pacientes, a rede de saúde esteja preparada para atender de maneira ágil e eficiente.
    5. Preparação para emergências: O Ministério da Saúde vai revisar os planos de contingência nacional e regional, coordenando esforços com estados e municípios para garantir uma resposta rápida e eficaz em situações de emergência. A vigilância epidemiológica será intensificada, com a coleta de amostras para identificar rapidamente o tipo de vírus circulante.
    6. Comunicação e mobilização: Campanhas de conscientização serão lançadas em diferentes plataformas, com o objetivo de envolver toda a sociedade no combate às arboviroses. Além de influenciadores comunitários e campanhas na mídia tradicional, o governo aposta em uma maior presença digital para ampliar o alcance das mensagens.
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