Em razão dos recentes casos de febre amarela silvestre registrados, na quinta-feira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Saúde (MS) emitiram notas técnicas sobre o risco de transmissão por meio de doação de sangue e órgãos com o objetivo de prevenir novos casos da doença.
Segundo os novos critérios, pessoas vacinados devem aguardar, no mínimo, quatro semanas para doar sangue a contar da data de vacinação. Já quem contraiu a doença, não poderá fazer nenhuma doação por seis meses após a recuperação completa. A medida foi tomada considerando a existência de relatos que observaram a transmissão da doença por transfusão a partir de pessoas vacinadas.
Transplantes
Para possíveis doadores de órgãos, as restrições são diferentes. Durante a entrevista de história clínica dos candidatos, será preciso informar a possível presença de indicativos e sintomas de febre amarela. Candidatos à doação de órgãos que foram infectados serão considerados inaptos por um período de trinta dias após a recuperação, enquanto possíveis doadores de tecidos ficarão excluídos por seis meses. Potenciais doadores, tanto de órgãos quanto de tecidos, que foram vacinados recentemente precisarão esperar quatro semanas para realizar o procedimento.
Para pacientes em busca de transplantes, a vacina é recomendada, mas precisarão ficar até quatro meses afastados da lista de espera.
Municípios com casos de febre amarela
Medidas mais rigorosas são impostas a moradores e pessoas, vacinadas ou não, que tenham viajado para áreas rurais, silvestres ou de mata dos municípios com casos suspeitos ou confirmados. Moradores que não comprovarem a vacina não poderão doar sangue. Já os viajantes ficarão inaptos por trinta dias após o retorno da área de risco. A lista de municípios com casos suspeitos ou confirmados encontra-se na página da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.