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Gilead aumenta 50 vezes capacidade de produção do remdesivir

A farmacêutica prometeu entregar 12,5 milhões de doses do tratamento até o final do ano

Por Da redação
Atualizado em 7 ago 2020, 18h54 - Publicado em 7 ago 2020, 18h44
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  • A farmacêutica americana Gilead Sciences Inc aumentou em 50 vezes sua capacidade de produção do antiviral remdesivir desde janeiro. De acordo com a empresa, a partir de outubro será possível atender em tempo real a demanda global. O medicamento é o único aprovado até o momento para o tratamento do coronavírus nos Estados Unidos e na Europa.

    “Aumentamos a oferta em mais de 50 vezes desde janeiro e prevemos poder atender a demanda global em tempo real a partir de outubro. Planejamos produzir mais de dois milhões de cursos de tratamento até o final do ano e prevemos produzir vários milhões a mais em 2021, se necessário.”, disse a Gilead em comunicado. Os dois milhões de cursos de tratamento equivalem a 12,5 milhões de doses.

    Além de melhorias no processo, que conseguiram reduzir o tempo de fabricação para seis meses, a empresa precisou expandir a rede global de fábricas, com a realização de parcerias. A Gilead firmou acordos de licenciamento voluntário com nove fabricantes de genéricos em todo o mundo, o que permitirá expandir a oferta do remdesivir para 127 países, a maioria de baixa e média-baixa renda.

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    A notícia significa um alívio para os países que temiam ficar sem acesso ao medicamento, após os Estados Unidos terem comprado praticamente todo o estoque da droga. Originalmente, o remdesivir foi desenvolvido para tratar ebola. Entretanto, sua eficácia deixou a desejar nos testes clínicos e ele nunca foi aprovado. Surpreendentemente, o medicamento demonstrou capacidade de combater o novo coronavírus ao interferir em sua capacidade de replicação.

    O remdesivir está na vanguarda da luta contra o novo coronavírus desde que a droga ajudou a reduzir o tempo de recuperação hospitalar em um ensaio clínico com pacientes graves. Por outro lado, o tratamento não foi capaz de melhorar a sobrevida dos pacientes após duas semanas de acompanhamento. Os resultados de um estudo com quatro semanas de acompanhamento são esperados em breve

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