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Fiocruz evidencia desigualdade social com mapeamento das vacinas no Brasil

Segundo a Fundação, apenas 16% dos municípios do país registram 80% da população totalmente vacinada contra a Covid-19

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 22 dez 2021, 22h38

A partir dos dados oficiais do Ministério da Saúde sobre a vacinação no Brasil até 8 de dezembro, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) concluiu que apenas 16% dos municípios brasileiros têm mais de 80% da população totalmente vacinada contra a Covid-19. 

De acordo com o relatório elaborado por pesquisadores do painel MonitoraCovid-19, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), os dados evidenciam a desigualdade social e regional que marca a campanha de vacinação em território nacional. “Foi observado que há uma queda de quase 20% na cobertura da primeira dose, de acordo com o nível de desenvolvimento dos municípios”, diz a Fundação no documento.

O levantamento mostra que, na aplicação da primeira dose, as cidades com IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) alto apresentam percentual de imunização de cerca de 80%. Nos municípios com baixo IDH, o índice cai para 60%. Para a segunda dose, o cenário não é muito diferente: o grupo de municípios com IDH muito alto tem cerca de 70% da população completamente vacinada, enquanto os municípios com IDH baixo, apenas 50%. “Ao longo do processo de vacinação esse comportamento foi constante, com maior velocidade de vacinação em municípios com IDH mais elevado em todas as categorias de análise”, detalha a Fiocruz.

O relatório destaca ainda as diferenças regionais.  Na região Sul, 30% dos municípios têm mais de 80% da população totalmente imunizada; no Sudeste, o percentual é de 27,2%; no Centro-Oeste, de 11,8%; no Nordeste, de 2,7%. O pior desempenho é na região Norte, com somente 1,1%.

Segundo o documento, até 8 de dezembro 74,95% da população brasileira recebeu a primeira dose, 64,78% completaram o esquema vacinal e 9,04% receberam a dose de reforço da vacina.  A instabilidade dos sistemas de informação do Ministério da Saúde, no entanto, prejudicou o monitoramento dos dados da doença. “É preciso frisar que o país, em meio ao processo epidêmico, não disponibiliza dados sobre Covid-19 desde o dia 9 de dezembro de 2021, o que compromete todas as análises e a criação de subsídios para a tomada de decisão dos gestores”, diz o documento da Fiocruz.

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A pesquisa também demonstra a preocupação com a nova variante ômicron, trazendo alguns pontos que devem ser observados para que não ocorra a transmissão comunitária da nova cepa do coronavírus. Entre eles, o relaxamento das medidas sanitárias preventivas como o uso de máscaras, além da volta de grandes eventos e aglomerações.

A Fiocruz também compara as taxas de imunização no Brasil com outros países, como Alemanha (63%), Itália (67%), França (65%) e Áustria (60%). Mesmo avançando na vacinação, essas nações registraram maior número de novos casos da doença durante o período de férias de verão. “Nesses países, no período citado, ainda não existia a ameaça real da nova variante ômicron, situação com a qual o Brasil terá que lidar, sobretudo se não for exigido o passaporte vacinal para viajantes”, afirma a nota.

 

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