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Andar e andar: estudo mostra que caminhadas podem prevenir o Alzheimer

Para cada 30 minutos por dia de atividade moderada, há um risco 21% menor de mulheres desenvolverem a doença e outros tipos de demência

Por Diego Alejandro
Atualizado em 24 fev 2023, 13h00 - Publicado em 24 fev 2023, 12h43
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  • Quanto mais as mulheres idosas se envolvem em atividades físicas, menores são as chances de desenvolver comprometimento cognitivo leve ou demência, segundo um novo estudo da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, publicado na revista Alzheimer’s & Dementia. “Para cada 30 minutos por dia de atividade moderada a vigorosa, há um risco 21% menor”, dizem os pesquisadores.

    Os dados vieram da Women’s Health Initiative e incluem 1.277 mulheres com idade média de 82 anos. Durante um acompanhamento de cerca de quatro anos, 267 casos de demência por Corpos de Lewy (LBD), doença associada a depósitos anormais de uma proteína chamada alfa-sinucleína no cérebro, foram assosciadas ao grupo participante.

    Os rastreadores de atividade mostraram que as mulheres deram em média 3.216 passos, realizaram 276 minutos em atividades físicas leves e 45 minutos e meio de exercícios moderados a vigorosos e ficaram 10 horas e meia sentadas por dia. Exemplos de atividade física leve podem incluir tarefas domésticas, jardinagem ou caminhadas. Atividade moderada a vigorosa são caminhadas rápidas.

    Essas caminhadas moderadas e vigorosas foram ligadas a uma menor incidência da doença de Alzheimer e demências relacionadas, com um risco 33% menor a cada 1.865 passos diários adicionais. Em comparação, a atividade física de intensidade leve e o permanecer sentada não foram associados à diminuição do risco.

    “As descobertas podem ser particularmente úteis já que wearables, como um smartwatch, são cada vez mais usados pelo público e podem quantificar quantos passos são dados e quantas calorias são perdidas”, escreveram  os pesquisadores. “A prevenção é importante porque, uma vez diagnosticada a demência, é muito difícil retardar ou reverter. Não há cura”, afirmou Andrea LaCroix, professora da Universidade da Califórnia, e autora do estudo.

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