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Estudo explica por que algumas pessoas são mais resistentes ao coronavírus

Por meio de análises do sangue de casais em que ambos foram expostos ao vírus, pesquisadores descobrem que alguns genes são responsáveis pela não infecção

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 1 out 2021, 06h44 - Publicado em 30 set 2021, 17h19
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    Pesquisa foi feita com 86 casais - (Andre Coelho/Getty Images)

    Um estudo da Universidade de São Paulo (USP), publicado esta semana no periódico científico Frontiers in Immunology, está ajudando a elucidar uma das maiores incógnitas da pandemia da Covid-19: por que algumas pessoas são resistentes e não se infectam com o novo coronavírus?

    A pesquisa foi feita com 86 casais brasileiros, em que ambos foram expostos ao Sars-CoV-2, mas somente um dos parceiros desenvolveu a doença. Por meio de amostras de sangue, os pesquisadores descobriram que as pessoas que não foram infectadas possuem mais genes MICA e MICB. Pertencentes ao complexo MHC (principal de histocompatibilidade), estes genes ficam no cromossomo 6 e ativam as chamadas células killer (NK), que fazem parte da resposta inicial do sistema imunológico e são capazes de reconhecer e destruir células contaminadas.

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    Segundo os cientistas, as moléculas MICA aumentadas são cortadas na superfície celular infectada e passam para sua forma solúvel, que inibe seu receptor e diminui a atividade de células NK. Este processo favoreceria o desenvolvimento da doença. A redução do MICB também influencia a ativação das células NK, refletindo em resposta imunológica bem menor.

    Outro conjunto pesquisado foi o LRC (complexo leucocitário humano), situado no cromossomo 19.  Nas pessoas infectadas, os genes LILRB1 e LILRB2 apareciam cinco vezes maiores do que nos não infectados. Esses genes trabalham como inibidores das células NK, freando sua ativação e prejudicando o sistema imunológico. Em entrevista ao Jornal da USP, a professora Mayana Zatz, diretora do Centro de Estudos sobre o Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL) da USP e coordenadora da pesquisa disse que, com esses resultados, podemos pensar, futuramente, se seria possível aumentar a expressão do MICB com a ingestão de alguma droga e auxiliar as células de defesa no combate à infecção.

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