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Coronavírus: medidas drásticas podem evitar mortes, diz estudo

Pesquisa comandada por instituição britânica avaliou que, se nada for feito, 2,2 milhões de pessoas podem morrer nos EUA

Por Da Redação Atualizado em 30 jul 2020, 19h26 - Publicado em 23 mar 2020, 13h03
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  • Um estudo científico baseado em projeções matemáticas publicado na segunda-feira, 16, apontou que se nada for feito pelos governos e pela população para conter a pandemia do novo coronavírus 2,2 milhões de pessoas podem morrer nos Estados Unidos e outras 510 000 pessoas no Reino Unido.

    A pesquisa foi realizada pela Imperial College London e liderada pelo reconhecido epidemiologista Neil Ferguson — que depois de lançar o modelo matemático que correu o mundo apresentou sintomas característicos do novo coronavírus e contou em sua conta do Twitter ter testado positivo para a doença.

    Além das vítimas fatais por Covid-19, a pesquisa também aponta que o grande volume de casos sobrecarregaria os sistemas de saúde locais. A análise foi feita em um cenário no qual ações de contenção e isolamento fossem ignoradas pela maior parte da população e apenas fosse levada em conta pela parte da população que apresentasse grandes riscos.

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    Modelos utilizados

    As duas estratégias fundamentais citadas pelo documento são a “mitigação”, que teria como papel principal afastar pessoas com quadro suspeitos e as já infectadas e seus contactantes, além de propor o isolamento em casa somente dos grupos de risco;  e a “supressão”, que levaria em consideração as ações acima e mais o distanciamento social para toda a população, com escolas e universidades fechadas, além da orientação de evitar sair de casa e frequentar ambientes com grande número de pessoas.

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    O documento aponta que a eficácia de qualquer intervenção isolada é limitada e que impactos efetivos só serão alcançados com a combinação de ações. A pesquisa diz que 81% da população destes países seria infectada e que o pico de mortes atingiria seu auge em 3 meses, com a ausência das medidas citadas.

    Há ainda a desafiadora previsão de que as medidas de “supressão” deveriam ser tomadas pelos próximos 18 meses ou até quando estima-se que uma vacina específica para a doença seja desenvolvida.

    O modelo foi criado levando em consideração uma estratégia britânica até então baseada na “imunização por rebanho” que, em resumo, significaria deixar que grande parte da população entrasse em contato com o vírus de forma branda e deste modo desenvolvesse imunização à enfermidade, dificultando sua propagação.

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    Caso apenas o modelo de “mitigação” fosse seguido isoladamente, o estudo aponta que a média de mortes para os EUA estaria entre 1 e 1,2 milhão de pessoas e de 250 000 para o Reino Unido. Ainda que o sistema de saúde atendesse a todos os infectados.

    Impacto nos países citados

    Logo após a publicação da pesquisa, o primeiro-ministro britânico passou a orientar a população que ficasse em casa e evitasse contato próximo entre si. A Casa Branca também passou a aceitar o isolamento como uma medida necessária para conter o impacto do coronavírus em todo o país.

    Mas ainda há muito o que ser mudado. Na sexta-feira, 21, o Imperial College publicou mais uma pesquisa na qual diz que apenas metade dos britânicos cumpriram a orientação de evitar áreas com grandes concentrações de pessoas. Uma maior parte (82% das pessoas entrevistadas) disse ter aumentado a frequência com que lava as mãos.

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