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Escolha o assento certo no avião para evitar doenças

Corredor ou janela? Estudo mostra onde o risco é maior de se contaminar com germes

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 16h31 - Publicado em 23 mar 2018, 10h17
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  • Escolher o lugar certo pode ser a maneira mais simples de se manter saudável durante um voo, de acordo com um novo estudo publicado na revista Proceedings of National Academy of Sciences. Os pesquisadores da Universidade Emory e do Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos Estados Unidos, uniram forças para investigar quais são as “rotas” mais prováveis para germes transmitidos por alguém tossindo ou espirrando em uma aeronave.

    Segundo o The New York Times,  os cientistas realizaram cinco voos de ida e volta de Atlanta para as cidades da Costa Oeste, quatro deles durante a temporada de gripe. Cada um dos voos teve catorze pesquisadores a bordo para observar passageiros e tripulantes. Ao todo, eles registraram os movimentos de 1.540 passageiros e 41 tripulantes. Durante as viagens, eles observaram quais pessoas eram mais ativas e como os indivíduos estavam posicionados em relação a um passageiro doente a bordo. Eles também coletaram 229 amostras de ar e superfície em todos os voos e nenhuma delas mostrou evidência de qualquer um dos dezoito vírus respiratórios comuns.

    As observações revelaram um “mapa” detalhado dos movimentos dos passageiros: pessoas nos assentos do corredor tendem a ter maior probabilidade de se movimentar. “A proximidade ao corredor também foi associada ao movimento. Cerca de 80% dos passageiros em assentos no corredor se levantaram durante os voos, em comparação com 60% dos passageiros em assentos centrais e 40% em assentos de janela. Os passageiros que deixam seus assentos ficam fora por cinco minutos, em média”, afirmou Vicki Stover Hertzberg, pesquisadora e professora de enfermagem da Universidade Emory, em nota.

    A trajetória da infecção dos germes parece ser bastante estável. Como era de esperar, as pessoas que se sentam mais perto de um indivíduo que tosse e espirra são as mais propensas a pegar os microrganismos dispersos. “Somente a tripulação e os passageiros em dois assentos laterais ou em uma fila [na frente ou atrás do passageiro infectado] provavelmente estarão em contato com os germes. A transmissão direta da doença fora da área de 1 metro do viajante infectado é improvável”, disse Howard Weiss, coautor da pesquisa. Ele ainda revelou que é possível que um passageiro doente infecte outros dois viajantes.

    É menos provável que um passageiro seja infectado por um membro da tripulação, já que eles são menos propensos a ir trabalhar quando estão doentes. Mas se um membro da equipe tiver gripe, por exemplo, é possível que ele infecte uma média de 4,6 passageiros. Isso porque, segundo os cientistas, cada membro da tripulação esteve em contato com passageiros por 67 minutos, tornando mais provável que um comissário de bordo doente distribua germes, caso não sejam cuidadosos.

    No entanto, os grandes focos de germes são as superfícies com as quais se entra em contato quando a bordo de um avião, como mesas de bandejas, fivelas de cinto de segurança e puxadores de portas de banheiros. Mas esse perigo pode ser minimizado se os passageiros e as tripulações higienizarem as mãos com álcool em gel, desinfetante para as mãos e lenços umedecidos, que podem ser levados na bagagem de mão, e mantiverem as mãos longe do nariz e dos olhos.

     

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